2001: Regionalização teria evitado tragédia da ponte

O autarca de Castelo de Paiva garante, tal como Pinto da Costa, que a regionalização teria evitado o acidente na ponte Hintze Ribeiro. Contra a corrente, Marcelo Rebelo de Sousa diz que não se deve perder tempo com o que é dito pelo presidente do clube das Antas.

O presidente da Câmara de Castelo de Paiva, Paulo Teixeira, disse à TSF que, se a regionalização tivesse sido aprovada, a tragédia da ponte de Entre-os-Rios, no passado dia 4, teria sido evitada.

De acordo com Paulo Teixeira, «se os investimentos do município pudessem ser analisados numa base regional e não sulista», a situação débil da ponte de Entre-os-Rios já teria sido resolvida.

«Andei 400 quilómetros, durante três anos, a pedir uma ponte e ninguém me ligou nenhuma», afirmou Paulo Teixeira, pelo que, «nesse capítulo», concorda com o que Pinto da Costa disse ao «Jornal de Notícias» (JN).

Em entrevista ao JN, o presidente do FC Porto acusou os que lutaram contra a regionalização de agora estarem a chorar «lágrimas de crocodilo» pela vítimas do acidente.

TSF, 26/03/2001

Comentários

zangado disse…
Marcelo Rebelo de Sousa é uma pessoa inteligente e que gosto de ouvir, mas, com toda a certeza, não conhecia a referida ponte e o seu estado, com o piso cheio de buracos no asfalto e uns extractores de areias a fazer esse trabalho na margem de Castelo de Paiva. Já lá tinha passado centenas de vezes e familiares meus passaram lá uma semana antes do desastre.
Portanto Marcelo, desta vez, meteu água, parece os tempos em que, em campanha eleitoral, se lançava ao Rio Tejo, todo oleoso, a ver se ganhava uns votos.
Ele diz que não liga a blogues, mas uma coisa é certa:o Norte de Portugal não se resume à terra da avó Joaquina (Celorico de Basto)nem a Braga e ao seu clube arsenalista, nem a uns antigos alunos ou conhecidos nas Faculdades de Direito de cá.
Cumprimentos
Anónimo disse…
Caro Zangado,

Passei na Ponte de Entre-os-Rios, meu local de passagem obrigatória para o Douro que visito semanalmente tendo como destino à Fundação Eça de Queirós, em Santa Cruz do Douro (Tormes), dois dias antes de ter caído.
Não me lembro de buracos mas de uma extensa e ligeira degradação do piso ao longo do tabuleiro da ponte e ainda hoje me arrepio ao pensar que estive temporalmente perto da sua derrocada que as condições climatéricas naquele dia, antes agravadas pela exploração areal do leito do rio, para tal muito contribuiram.
Não há certeza que a regionalização, caso já estivesse ao tempo implementada, possa ter evitado essa grande tragédia. E é um erro político primário enveredar por este tipo de caminho crítico quando por detrás encontramos uma tragédia com a dimensão conhecida e que atingiu algumas aldeias belíssimas (Raiva, por exemplo) do Concelho de Castelo de Paiva.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)