A verdadeira história da Branca de Neve
A farinha Branca de Neve faz 55 anos e a Fábrica Lusitana vai assinalar a efeméride com uma festa em Alcains onde promete apresentar novos produtos.
As Fábricas Lusitana vão realizar, dia 5 de Setembro, em Alcains, a “grande festa” dos 55 anos da farinha Branca de Neve, anunciou a administração segunda-feira, dia 24 de Agosto, em conferência de Imprensa.
António Trigueiros de Aragão, administrador da empresa, espera ter em Alcains, localidade onde está sedeada a unidade fabril da Lusitana, 10 mil dos 60 mil consumidores que já integram o Clube Branca de Neve.
“Esta será a maior celebração nacional numa freguesia do Interior do País, de uma marca portuguesa, para Portugal”, reitera.
Numa época em que ainda se fazem sentir os efeitos da crise, “o momento não poderia ser melhor para a celebração dos 55 anos da Branca de Neve. Festeja-se um passado de sucesso, um futuro de inovação e uma óptima relação entre as Fábricas Lusitana e a região de Castelo Branco”.
Atendendo a que 90 por cento da matéria-prima consumida na empresa e importada, os custos seriam menores se esta unidade se localizasse no Litoral, mas o lucro “não se traduz apenas em números. A nossa matéria-prima chega ao Litoral e, depois de trazida para Alcains, onde se transforma, voltando os produtos ao Litoral, às distribuidoras, mas rentabilidade não é só dinheiro, temos também uma responsabilidade social e o amor à terra onde temos as nossas raízes”.
E é por querer continuar em Alcains que António Trigueiros de Aragão promete que dia 5 de Setembro “serão também apresentados os novos produtos da empresa”, uma surpresa que não quis ainda desvendar.
A festa, com entrada livre, no Largo de Santo António, está marcada para as 15H00, com inauguração oficial, jogos radicais, música, brindes e muitas surpresas.
Às 16H00, o Grupo Juvenil “Bombos da Arca” percorrerá a vila de Alcains, chamando a população para a festa com o rufar dos tambores. Às 16H30 terá lugar a sessão solene de abertura, com as entidades oficiais e convidados “a brindar ao sucesso da marca e, em conjunto, soprar as velas do bolo dos 55 anos da Branca de Neve”.
Os espectáculos musicais iniciam-se pelas 17H30, primeiro com os alcainenses “Diz e Tal”, encerrando com o cabeça de cartaz José Cid. Pelas 19H00 será ainda projectado no Largo de Santo António, onde decorre a festa, o jogo Dinamarca – Portugal.
“Como esta celebração é de uma marca 100 por cento portuguesa e líder de mercado desde sempre, assumimos que é uma festa de todo o Portugal”, sublinha o administrador, que reitera que “esta festa serve para agradecer a todos os que sempre apoiaram a farinha Branca de Neve, fazendo votos que continue a projectar-se por mais 55 anos”.
António Trigueiros de Aragão refere ainda que outro objectivo é “manter a qualidade que sempre tivemos. A fórmula da Branca de Neve tem 55 anos, é assim que os consumidores a querem e temos de preservá-la”.
Isto para justificar também o porquê das importações, pois “em Portugal, como os agricultores semeiam diversos lotes de trigo, que depois misturam, não é possível encontrar um lote homogéneo”, defendendo por isso “a especialização da produção nacional”.
Autarquia apoia iniciativa
A apresentação da festa da Branca de Neve foi feita na Câmara Municipal de Castelo Branco, com a presença também do presidente da autarquia, Joaquim Morão.
“Alcains teve sempre empresários de horizontes mais largos. Esta foi uma das primeiras indústrias a instalar-se aqui na região e ainda hoje persiste, cheia de força, o que também nos deixa muito satisfeitos”, exorta, manifestando gratidão “por aqueles que continuam a fazer um grande esforço para manter esta unidade”.
Joaquim Morão sublinha ainda que “hoje não basta investir, é também importante ter novos mercados, novas ideias, vender o produto, pois só assim se mantêm as fábricas”.
E adianta que “as Fábricas Lusitana são este exemplo de persistência. É uma empresa que não se resigna, que quer fazer algo mais, de novo, para que esta terra não fique mais pobre”, frisando que “se estes empresários olhassem apenas ao lucro, esta empresa certamente não estaria cá”.
Por: Lídia Barata
Jornal Reconquista
Castelo Branco, 27/08/2009
Comentários
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,
Este produto confirma que a primeira característica a respeitar para permanecer tão longo período no mercado tem a ver com o abandono do ditado e do princípio orientador de muitas empresas: "vender gato por lebre".
Com efeito, esta farinha esteve sempre presente no seio da minha familia, sob conceito alargado, na confecção de doçaria tradicional como era típico fazê-lo algumas dezenas de anos atrás, com uma boa qualidade idêntica à da matéria prima utilizada.
É ainda um dos produtos que satisfaz exigências de uma excelente relação qualidade/preço, uma das vantagens competitivas com que um ainda número reduzido de empresas se dispõe a operar os mecados, interno e/ou externo. E da maior importância, é oriundo da Província da Beira Baixa, a integrar na futura Região Autónoma da Beira Interior.
Parabéns aos dirigentes da empresa que a produz.
Sem mais nem menos.
Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)