O bispo da Guarda culpa a "administração pública centralizada" pelo sistemático abandono das terras e meios locais, sendo os despedimento da Delphi consequência deste facto, que D. António considera um "flagelo social".
O Bispo da Guarda, D. Manuel Felício, considera que o despedimento de mais de metade dos trabalhadores da Delphi é "um problema relacionado com o abandono sistemático das nossas terras e dos nossos meios pela administração pública centralizada".
Anteontem, D. Manuel Felício mostrou-se solidário com os funcionários e as suas famílias e classificou a situação de "flagelo social", reivindicando "de imediato, condições objectivas e visíveis para que os desempregados possam retomar, de novo, o seu emprego, a curto prazo".
Numa declaração muito crítica, o prelado admite que "o subsídio de desemprego é pouco", sendo sobretudo necessário que "os meios materiais desviados para outras zonas do país comecem a ser orientados para a nossa cidade e a nossa região".
Isto porque, no distrito, "as novas empresas não têm incentivos para se fixarem e as existentes vão sendo progressivamente desactivadas, sem que nada se faça para contrariar esta tendência".
D. Manuel Felício alerta ainda que sem esses apoios o tecido empresarial da Guarda corre o risco de "ficar reduzido a zero, apesar dos investimentos na plataforma logística que, infelizmente, continua muito despovoada de empresas".
O Bispo anunciou também que os organismos diocesanos vão ajudar as 500 famílias afectadas, às quais a Caritas disponibilizará de imediato um serviço de atendimento para "avaliar as situações e procurar soluções personalizadas".
Ontem, o PCP e o CDS-PP da Guarda emitiram comunicados onde se mostram preocupados com o anúncio do despedimento de 500 dos 950 trabalhadores da fábrica que produz cablagens para o sector automóvel.
Para o PCP constituirá "um verdadeiro desastre social para a cidade da Guarda e para toda a região". O CDS-PP propõe que "haja uma majoração do subsídio de desemprego, de modo a minimizar os efeitos nefastos que estas situações causam".
JN, 25/10/2009
Comentários
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,
Daqui a 7 meses voltaremos a "falar".
A miséria continua e basta ver as intervenções doutorais no "Prós e Contras".
Enfim, ...
Sem mais nem menos.
Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Triste muito triste, e ninguem decide implementar a regionalizacao!!!
Um abraco dalgodrense.
http://denvolvimentoregionalelocal.blogs.sapo.pt/9307.html
Zé da Burra o Alentejano