(continuação)
Deste modo, os geógrafos estabelecem quatro cenários para Portugal a médio-prazo:
1. Rede monocêntrica.
A tendência da concentração de pessoas, empregos e serviços em torno de Lisboa acentuar-se-á, sendo que se registará um despovoamento quase total do Interior do país, e uma diminuição acentuada da população nas cidades do Litoral, em particular o Porto e as cidades do Minho e Douro Litoral, Coimbra, Aveiro, Viseu, Leiria, Santarém e inclusive das cidades algarvias, em contraste com migrações de massas para os subúrbios de Lisboa;
2. Divisão Norte/Sul. Rede bipolar.
A população concentra-se cada vez mais em Lisboa, Porto e respectivos subúrbios, afastando-se das zonas litorais e interiores das Beiras em direcção a uma dessas cidades. Esta rede penaliza fundamentalmente as cidades médias do Litoral e do Interior, particularmente Coimbra, Leiria, Aveiro, Viseu, Guarda, Castelo Branco, Bragança e Chaves.
3. Litoralização.
Com o avanço da Regionalização com base nas 5 regiões-plano, verificar-se-ia uma concentração dos serviços, e consequentemente, dos agentes económicos e das populações, em torno das cidades do Porto, Coimbra e Lisboa, sendo que as duas primeiras atrairiam a população de cidades médias do Interior e até do Litoral, onde se registaria uma diminuição da população, face a este "tricentrismo". O Interior ficaria profundamente desertificado, sendo que as suas populações teriam uma grande tendência para se deslocar para Espanha, fazendo com que Trás-os-Montes e a Beira Interior passassem a interligar-se com as regiões espanholas da Galiza e Castilla y León, formando novas "Euro-Regiões". Em suma, devido ao facto de não se fazerem ouvir perante os poderes portugueses, as regiões do Interior investiriam no aprofundamento das relações com as comunidades autónomas fronteiriças espanholas.
Nota: o mapa ao lado representa a situaçao actual, que se caracteriza por uma mistura das 3 situaçoes anteriormente apresentadas: a rede urbana portuguesa é essencialmente e visivelmente:
(continua)
Afonso Miguel
1. Rede monocêntrica.
A tendência da concentração de pessoas, empregos e serviços em torno de Lisboa acentuar-se-á, sendo que se registará um despovoamento quase total do Interior do país, e uma diminuição acentuada da população nas cidades do Litoral, em particular o Porto e as cidades do Minho e Douro Litoral, Coimbra, Aveiro, Viseu, Leiria, Santarém e inclusive das cidades algarvias, em contraste com migrações de massas para os subúrbios de Lisboa;
2. Divisão Norte/Sul. Rede bipolar.
A população concentra-se cada vez mais em Lisboa, Porto e respectivos subúrbios, afastando-se das zonas litorais e interiores das Beiras em direcção a uma dessas cidades. Esta rede penaliza fundamentalmente as cidades médias do Litoral e do Interior, particularmente Coimbra, Leiria, Aveiro, Viseu, Guarda, Castelo Branco, Bragança e Chaves.
3. Litoralização.
Com o avanço da Regionalização com base nas 5 regiões-plano, verificar-se-ia uma concentração dos serviços, e consequentemente, dos agentes económicos e das populações, em torno das cidades do Porto, Coimbra e Lisboa, sendo que as duas primeiras atrairiam a população de cidades médias do Interior e até do Litoral, onde se registaria uma diminuição da população, face a este "tricentrismo". O Interior ficaria profundamente desertificado, sendo que as suas populações teriam uma grande tendência para se deslocar para Espanha, fazendo com que Trás-os-Montes e a Beira Interior passassem a interligar-se com as regiões espanholas da Galiza e Castilla y León, formando novas "Euro-Regiões". Em suma, devido ao facto de não se fazerem ouvir perante os poderes portugueses, as regiões do Interior investiriam no aprofundamento das relações com as comunidades autónomas fronteiriças espanholas.
Nota: o mapa ao lado representa a situaçao actual, que se caracteriza por uma mistura das 3 situaçoes anteriormente apresentadas: a rede urbana portuguesa é essencialmente e visivelmente:
- Litoralizada (a esmagadora maioria da população concentra-se nos concelhos litorais);
- Bipolar (uma grande parte da população vive nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto);
- Monocêntrica (porque a Área Metropolitana de Lisboa apresenta uma dimensão populacional muito maior que a Área Metropolitana do Porto)
(continua)
Afonso Miguel
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