PS: "Regionalização só avança se houver um consenso político forte"

A regionalização só avança se houver um consenso político forte, que permita iniciar o processo”, afirmou Luís Pita Ameixa, na conferência de imprensa de apresentação dos termos e das iniciativas a desenvolver no actual mandato, pelos dois deputados do Partido Socialista (PS) eleitos por Beja.

A concretização da regionalização, na actual legislatura, está dependente da existência de “um consenso político forte, que permita iniciar o processo”, afirmou Luís Pita Ameixa, deputado do Partido Socialista (PS), eleito pelo distrito de Beja, deixando claro, igualmente, que num Governo minoritário para tal acontecer, tem de “haver uma maioria favorável” e que nesse contexto “o apoio do Partido Social-Democrata (PSD) é fundamental”.

Declarações proferidas, ontem, na conferência de imprensa de apresentação dos termos e das iniciativas a desenvolver no actual mandato, pelos dois deputados do PS eleitos por Beja.

Recordamos, que o PSD considera que a questão da regionalização só poderá ser analisada depois das eleições presidenciais, altura em que poderá avançar também o processo de revisão constitucional, imprescindível, na opinião, dos social-democratas para alterar os pressupostos que condicionam este tema, entre eles, a obrigatoriedade de todas as regiões dizerem “sim” a esta reforma.

Seja como for, no seio do PSD esta posição não é consensual e a prova disso mesmo, está na posição assumida por Mendes Bota, defensor da regionalização, ao rejeitar a ideia de que seja necessário esperar pelas eleições presidenciais, ou seja até 2011.

|Radio Voz da Planície|

Comentários

Anónimo disse…
O consenso político foi obtido há mais de 32 anos na Assembleia da República ao votar a Constituição da República Portuguesa, consignando no seu texto as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, mais as chamadas Regiões Administrativas.
Estas últimas não são nem carne nem peixe, à boa maneira portuguesa, em que nunca se quer qualquer comprometimento com o essencial da evolução da sociedade portuguesa mas delira-se perder-se eternamente no acessório. Ao fazê-lo, os intervenientes políticos e outros sabem exactamente porquê e quais os benefícios percebidos.
Aquando de qualquer crise, nunca interessa reconhecer que os problemas são sempre de natureza estrutural, relacionados com investimentos Públicos, privados ou público-privados) que não se realizam a tempo e a horas e quando se decide tal, nunca os seus financiamentos estão próximos de um equilíbrio desejável e necessário. Acresce, então, que a economia portuguesa há dezenas e dezenas de anos opera com sobrecustos de diversa natureza perfeitamente desnecessários, factores de primeira intervenção na ausência crónica de competitividade, de acréscimos de produtividade e de melhoria qualitativa no desenvolvimento da nossa sociedade.
Como não se pode actuar sobre os mecanismos cambiais, monetários e outras de natureza financeira, a receita de pobre e esquizofrénica é sempre a mesma: contenção ou, mesmo, redução salarial.
Por isso, os responsáveis, políticos e outros, se não têm capacidade de direcção ou orientação estratégica "dêem a vaga", mas que se exija a alguém que a detenha e assuma decididamente essa direcção ou orientação para se poder, de uma vez, implementar a regionalização autonómica como programa político por excelência e orientado, definitivamente, para o desenvovimento integrado, autosustentado e equilibrado da sociedade portuguesa. Inscrevê-la como capítulo de um programa partidário que tem sido tudo menos político é eternizar esta incompetência e vilania que vai devorando serenamente a maioria da sociedade portuguesa, até um dia.
No entretanto, só nos aparecem empatas-tudo, capazes de darem atenção desmesurada a um simples prato de lentilhas.
Mas que País este!???? .....

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)