Regionalização é prioridade da distrital do PSD do Porto

Marco António Costa, reeleito líder da distrital social-democrata, defende regiões administrativas sem referendo e sem simultaneidade.

A regionalização será área prioritária para o presidente da distrital do PSD do Porto, Marco António Costa, reeleito ontem para um quarto mandato. O tema começa, em breve, a ser abordado no ciclo de debates "Norte 2020, uma região excelência", agora anunciado, que vai decorrer nos 18 concelhos do distrito.

Numa das primeiras conferência, refere o líder do PSD do Porto, estará em debate a "reforma do sistema político na perspectiva da região". A partir daí, é relançada a questão da regionalização política e administrativa, que tem em Marco António Costa um apoiante sem hesitações. O presidente da distrital é contra referendo, considerando que "o futuro da regionalização é um problema político a ser resolvido pelo Parlamento".

Apoiante de Pedro Passos Coelhos nas directas do partido que elegeram Manuela Ferreira Leite, e vice-presidente Luís Filipe Menezes na Câmara de Gaia, Marco António Costa defende que a Assembleia da República, em sede de revisão constitucional, "deve retirar a obrigatoriedade do referendo" nesta matéria.

Com a revisão constitucional, além do referendo, deve cair também "simultaneidade" da instituição das regiões administrativas em todo o País. "Não deve ser exigida a simultaneidade" para o processo poder avançar, sem mais atrasos, "nas regiões mais bem preparadas" para esse fim. Esta a posição, lembra, é a posição do presidente da distrital do PSD do Porto, não a do partido.

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|DN|

Comentários

zangado disse…
Marco António Costa e parte dos membros do PSD do distrito defendem a regionalização, mas o lider concelhio, Sérgio Vieira, e outros como ele, até agora Rui Rio, Aguiar Branco e outros, nada fizeram ou têm feito, na Assembleia da República, na sociedade e no seu partido a seu favor.Pelo contrário, sempre foram e muitos continuam a ser contra ela, juntando-se a muitos do CDS que sempre foram contra, fazendo o "frete", em troca de quê gostava eu de saber, aos lisboetas centralistas como Manuela Ferreira Leite ou a provincianos como Cavaco Silva que se estabeleceram em Lisboa e se esquecem do resto do país.
Se não querem realizar um referendo sobre o "casamento gay", o caso da regionalização é similar, pelo que se muitos a querem e se estamos à espera que a maioria dos lisboetas vote a favor de lhe tirarem parte do dinheiro que estão habituados a "desfrutar", à custa do resto dos portugueses, bem podemos morrer antes que isso aconteça.
Se queremos ter a nossa região, com autonomia política e administrativa, não temos que esperar pelo voto dos que estão habituados há 500 anos a viver à custa de todo o Portugal, das antigas colónias e depois das verbas da comunidade hoje União Europeia.
A desigualdade e injustiça são cada vez maiores, pelo que, sem referendo ou interferência de habitantes sempre privilegiados da capital, as regiões norte e o Algarve poderão ser as primeiras. As outras, se o quiserem, virão depois.
Esta é uma questão transversal na sociedade e nos partidos políticos, que os aparelhos partidários não querem deixar avançar e os deputados, em grande parte, nada fazem para alterar.
Para concluir, basta de mais delongas e pretextos para atrasos, de interesses particulares e partidários antes dos públicos.
A bem ou a mal, isto tem de mudar!
Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

De tudo, só posso concordar com o princípio da não simultaneidade na implantação do sistema regional de governação, na versão autonómica, pois as alternativas já estão por demais esgotadas em todos os sentidos.
Até mesmo ao nível dos protagonistas defensores do centralismo, às 2ªs, 4ªs e 6ªs e da regionalização às 3ªs, 5ªs e Sábados. Têm direito ao descanso dos Domingos para aperfeiçoar a estratégia de intervenção nos dias d etrabalho político antes indicados.
E com isto, andamos nisto há dezenas e dezenas de anos, sem ninguém capaz de dar um valente murro na mesa e de meter "isto tudo na ordem".
Afinal, ao nível das escutas, estávamos todos enganados no Verão passado quanto surgiram notícias sobre as escutas a Sua Exª. o senhor Presidente da República quando afinal quem estava a ser escutado era Sua Excelência o senhor Prmeiro Ministro.
Razão tem o senhor Engenheito Belmiro de Azevedo ao postular que "o país parece ter chegado a um ponto sem retorno", de acordo com notícias dos jornais.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)