Poder de Compra Concelhio

Qual o concelho com maior e menor poder de compra em 2007?

O INE acaba de divulgar mais uma versão do seu Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio, neste caso relativo a dados de base de 2007. É impressionante verificar que em mais de 300 concelhos apenass 39 registam um poder de compra acima da média nacional (indice de poder de compra per capita), o que atesta implicitamente a forte assimetria regional na distribuição de rendimento. Lisboa destacadíssimo à cabeça, seguida de Oeiras, Porto e Cascais com o Vinhais, Ribeira de Pena e Sernancelhe no extremo oposto.

Este estudo tem sido dos exercícios mais ambiciosos e simultaneamente mais perenes no seio do INE no âmbito dos estudos/estatísticas que abordam temas claramente interessantes para a compreensão económica e política do país, trazendo alguma luz e naturalmente alguma polémica sobre a evolução do poder de compra. Raras vezes não surge algum autarca brioso e incomodado com o posicionamento da sua terra, um direito totalmente compreensível e um pretexto de debate sempre com imenso potencial para esclarecimento.

O Estudo de Poder de Compra Concelhio ainda que algo limitado quanto à diversidade de variáveis utilizadas (não deixa de ser “apenas” mais um indicador), é uma das melhores peças em produção regular que testemunha o bom aproveitamento que a informação estatística de base produzida pelo INE pode e deve ter para melhor compreendermos a agirmos sobre o país. Será possível fazer melhor mas com esta visibilidade e consistência não vejo quem tenha vindo a fazê-lo.

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Comentários

Anónimo disse…
Sugestão:

Ler no ReflexãoPortista o artigo "Nós só Queremos Lisboa a arder"
Anónimo disse…
Air Race: Rui Moreira desafia Turismo de Portugal a tomar posição

"O Porto tem sido permanentemente mal tratado pelo Instituto de Turismo de Portugal", afirmou Rui Moreira.

O presidente da Associação Comercial do Porto (ACP) desafiou hoje o Turismo de Portugal a tomar uma posição sobre a deslocalização da Red Bull Air Race do Porto para Lisboa

"Gostava de saber o que o Instituto do Turismo de Portugal tem a dizer sobre esta matéria", afirmou Rui Moreira à Lusa, realçando que "os patrocinadores são livres de fazerem o que entenderem, mas o que me interessa mais é a questão dos dinheiros públicos".

Em declarações à Lusa, o presidente da ACP reforçou que "seria conveniente que esclarecesse qual é o seu pensamento estratégico sobre esta matéria até porque foi feito um estudo de impacto económica na região" que provou ter "uma vantagem muito significativa".

"O Porto tem sido permanentemente mal tratado pelo Instituto de Turismo de Portugal", afirmou Rui Moreira, acrescentando que não contesta a partida por "razões bairristas", mas pelo impacto económico que tem para a região.

Em relação aos patrocinadores, o empresário diz que "estão no livre direito de tomarem as opções que tomarem", mas considera que a polémica sobre a localização do evento pode levar os patrocinadores a abandonarem a prova.

"E aí nem vêm para Lisboa nem para o Porto. Vai-se acabar por estragar isto tudo e não faltam cidades na Europa interessadas", alertou.

O presidente da ACP considera que são os dinheiros públicos e não os patrocinadores que determinam a transferência do evento.

A Associação dos Comerciantes do Porto apelou terça-feira ao boicote aos produtos da TMN, GALP e EDP, que diz serem os patrocinadores do Red Bull Air Race, como forma de protesto à eventual transferência do evento para Lisboa.

A TMN, a Galp e a EDP já reagiram ao apelo, dizendo que não são patrocinadoras do evento. Fontes da EDP e Galp dizem que nunca patrocinaram a prova e a TMN esclarece que apoiou a prova nos últimos dois anos, mas que não apoiará no futuro, independentemente da localização.

Na última semana, o Norte tem falado a uma só voz contra a deslocalização do Red Bull Air Race, que, na última edição, levou às margens do Douro um milhão de pessoas.

O presidente da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal disse que não acredita "minimamente" na eventual transferência para Lisboa, acrescentando que tem mantido contactos para manter a prova no Porto.

A empresa promotora da Red Bull Air Race disse à Lusa que "continua a trabalhar com as entidades competentes" para garantir a realização do evento em Portugal, adiantando que o calendário e mais informações sobre a prova serão divulgados "oportunamente".

Os deputados do PSD eleitos pelo círculo do Porto enviaram um requerimento ao ministro da Economia, Viera da Silva, perguntando sobre a eventual deslocalização da Red Bull Air Race para Lisboa.

O presidente da Câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes, considerou, também hoje, como "mais uma atitude discriminatória do Estado" e o presidente da Câmara do Porto criticou esta eventual transferência, acusando o poder central de falta de bom senso e de não promover o equilíbrio do país.
JN