Desigualdades Regionais: os factos tais como eles são

Da Pornografia das Subvenções

A RTP, televisão de Lisboa e do Porto que às vezes se lembra de dar notícias sobre o resto do país para ilustrar a província, recebe mais dinheiro dos nossos impostos do que a CP que gere os comboios de todo o país.

Os Metros de Lisboa e do Porto recebem 40,5 milhões de euros. Enquanto isto, as populações de Mirandela, Amarante e Vila Real foram privadas da ferrovia.

A Carris e a STCP recebem 74 milhões de euros enquanto as transportadoras públicas do resto do país não recebem nada.

As assimetrias são escandalosas e inexplicáveis. Olhando para isto só me apetece perguntar porque é que não vendem a RTP, privatizam a CP, Metros, Carris e STCP. Depois salve-se quem puder. Agora obrigarem-me a pagar os meus transportes em bilhetes e os dos outros em impostos é que não.


por Pedro Morgado
in Avenida Central


Comentário de um dos leitores:

Portugal continua a ser o Terreiro do Paço.

Um desgraçado de um reformado que more numa aldeia do concelho de Boticas e tenha que se deslocar ao hospital de Chaves para fazer um tratamento médico, tem de se deslocar num autocarro de uma empresa privada que lhe cobra o preço real do bilhete e ainda com os seus impostos subsidia os yupis de Lisboa para se deslocarem de metro para o trabalho, sabendo que a região da capital tem os rendimentos per capita mais altos do país.

è um filme que passa ao contrário: O Pobre Subsidia o Rico.

Almerindo Margoto

Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalsitas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Dar notícias!? Será que a RTP (e outros meios "informativos") estára mesmo interessada em dar informações objectivas ao País que não sejam predominantemente as desgraças a as misérias (pilhérias) alheias, com aquele ar de jornalista sofrido e hipocritamente melodramático só por si potenciador de todos os males que vêem a Mundo (País)?
Em correio enciado à RTP propuz-me a apresentar o alinhamento do Telejornal apenas numa noite de forma totalmente diferente do habitual trágico-cómico (infelizmente muito mais trágico que cómico) e nem sequer um obrigado pela iniciativa foi recebido. E a proposta não era nada de especial mas uma total involução do alinhamento que funciona como uma espécie de confraria informativa entre todas as emissoras televisivas.
Se não estou errado a proposta assentava nos seguintes padrões de apresentação das informações disponóveis para cada sessão informativa:
1) Política Nacional
(a) Órgãos de Soberania (tratados com o RESPEITO CONSTITUCIONAL devido):
(a).1 - Presidência da República
(a).2 - Assembleia da República
(a).3 - Governo
(a).4 - Tribunais
(a).5 - Temáticas diversas nacionais, com escolha semanal de um tema nacional em especial para tratar e analisar no Telejornal.
2) Política Europeia
(b) Órgãos Europeus (tratados com o RESPEITO CONSTITUCIONAL devido):
(b).1 - Presidência Europeia
(b).2 - Parlamento Europeu
(b).3 - Comissão Europeia
(b).4 - Tribunais Europeus
(b).5 - Temáticas diversas europeias, com escolha semanal de um tema europeu em especial para tratar e analisar no Telejornal (ver pontos 4 a 10).
3) Política Internacional
(c) Órgãos Internacionais (tratados com o RESPEITO INSTITUCIONAL devido):
(c).1 - Assembleia da ONU
(c).2 - OCDE
(d).3 - OIT
(d).4 - FAO
(d).5 - NATO
(d).6 - Outras Uniões Internacionais Sectoriais, Culturais, Ambientais, etc.
(d).7 - Temáticas diversas internacionais, com escolha semanal de um tema internacional em especial, para tratar e analisar no Telejornal.
4) Regiões
5) Educação e Cultura
6) Investigação
7) Ambiente
8) Saúde
9) Religião
10) Desporto (se houver tempo para isso)
O método de escolha do apresentador do Telejornal deverá permitir a maior diferenciação e distribuição possíveis, de forma a ser conhecido o maior número de jornalistas e abandonar o actual método "patronal" vigente (nos programas de informação ou discussão são vários os "patrões" existentes, como se não houvesse mais ninguém para noticiar desgraças).
Relativamente aos comentadores, deveria aplicar-se o mesmo critério de diferenciação e se substituisse os habituais "patrões" (monopolistas) do comentário de toda a natureza que já há muito começaram a enfastiar e em nada influenciam nem enriquecem a opinião pública nacional. Este tipo de comentadores não seria remunerado, sendo-o somente nos casos de programas especiais e sobre temáticas muito específicas, os quais deveriam ser reduzidos ao mínimo, tanto no tempo como no espaço.
Finalmente, dar a estocada final no critério pré-histórico e prevalecente da "actualidade" potenciador mais da mediocridade do que da credibilidade das notícias.
E o resto o que será? Tudo menos informação.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Peço desculpa mas esqueci-me de incluir ainda outras condições para a presentação do Telejornal:
1ª. - Duração máxima: 30 minutos ou menos, se não houver novas notícias (quero mesmo significar notícias novas).
2ª. - Proibir a apresentação de notícias que já o foram 5 ou 6 noticiários imediatamente antes, depois de uma "tournée" repetitiva que raia a obcessão e o massacre informativos, causadores de depressões e outras doenças do foro mental.
3ª. - Abstenção absoluta na montagem de cenários obscenos diante dos edifícios dos Tribunais, Escolas, Casa de Família, etc., na mostra das misérias alheias como sujeito de "informação actual e objectiva".

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)