Aguiar-Branco vai avançar com moção no PSD
por Mascarenhas Paulo, Publicado no 'i'
Líder parlamentar do PSD é cada vez mais candidato a presidente do partido. E prepara moção de estratégia
José Pedro Aguiar-Branco é cada vez mais candidato a presidente do PSD. Ontem à noite recebia os elogios do presidente da Câmara Municipal de Cascais. Em declarações ao i, durante um jantar de homenagem aos 35 anos do PSD, em Cascais, António Capucho afirmou que Aguiar-Branco "tem óptimas qualidades políticas e pessoais" para ser um bom líder do PSD. Capucho não avança para já com o seu apoio, acrescentando que só o fará quando todas as candidaturas estiverem no terreno.
O líder da bancada parlamentar social-democrata ganha crescente espaço de manobra. Graças ao protagonismo mediático na Assembleia da República, já não aparece apenas como nome alternativo em razão do progressivo afastamento de Marcelo Rebelo de Sousa, que ainda assim tem repetido o seu desinteresse nesta corrida. O i sabe que Aguiar-Branco irá apresentar uma moção de estratégia no congresso do PSD, realize-se este antes ou depois das directas.
Com o apoio praticamente garantido do presidente da distrital do Porto, Marco António Costa, o que quer dizer também que conta com Luís Filipe Menezes, presidente da Câmara Municipal de Gaia, José Pedro Aguiar-Branco começa a reunir condições e a juntar tropas para enfrentar o até agora único candidato assumido à liderança do PSD, Pedro Passos Coelho. Desta forma cumpre-se uma das intenções do advogado portuense, que jamais aceitaria ser visto como o homem da anterior direcção de Manuela Ferreira Leite.
Com mais de 30 mil militantes efectivos, a distrital do Porto é a maior do país. Nas últimas directas, em que se enfrentaram Manuela Ferreira Leite e Pedro Passos Coelho, foi este último que contou com o apoio do líder distrital portuense. Mas Marco António Costa, tal como Menezes, já disse que nas próximas directas - ou num putativo congresso convocado a pedido de Pedro Santana Lopes - só irá dar o apoio a um candidato que defenda claramente a regionalização do país.
Luís Filipe Menezes disse-o claramente, em declarações ao i no passado dia 28 de Novembro de 2009: "Sou militante, ex-presidente do partido e tenho-me mantido silencioso no meio de toda essa cacofonia que anda por aí. Só me envolverei e darei um sinal a favor de um qualquer candidato que defenda a regionalização."
Ora, Aguiar-Branco é um conhecido regionalista: em entrevista ao semanário "Grande Porto" durante a campanha para as últimas legislativas, o líder parlamentar social-democrata dizia que a regionalização "é fundamental para que a Região Norte possa ter uma afirmação política económica e científica mais forte".
Pedro Passos Coelho, que já tem a máquina montada e afinada para o confronto interno no PSD - com livro programático a sair em fins de Fevereiro - e se desdobra em contactos partidários e com a sociedade civil tem esse calcanhar de Aquiles: já se confessou favorável apenas a uma "descentralização política", não sendo defensor do modelo das cinco regiões, uma posição, aliás, semelhante à da actual líder do PSD, Manuela Ferreira Leite.
O líder da bancada parlamentar social-democrata ganha crescente espaço de manobra. Graças ao protagonismo mediático na Assembleia da República, já não aparece apenas como nome alternativo em razão do progressivo afastamento de Marcelo Rebelo de Sousa, que ainda assim tem repetido o seu desinteresse nesta corrida. O i sabe que Aguiar-Branco irá apresentar uma moção de estratégia no congresso do PSD, realize-se este antes ou depois das directas.
Com o apoio praticamente garantido do presidente da distrital do Porto, Marco António Costa, o que quer dizer também que conta com Luís Filipe Menezes, presidente da Câmara Municipal de Gaia, José Pedro Aguiar-Branco começa a reunir condições e a juntar tropas para enfrentar o até agora único candidato assumido à liderança do PSD, Pedro Passos Coelho. Desta forma cumpre-se uma das intenções do advogado portuense, que jamais aceitaria ser visto como o homem da anterior direcção de Manuela Ferreira Leite.
Com mais de 30 mil militantes efectivos, a distrital do Porto é a maior do país. Nas últimas directas, em que se enfrentaram Manuela Ferreira Leite e Pedro Passos Coelho, foi este último que contou com o apoio do líder distrital portuense. Mas Marco António Costa, tal como Menezes, já disse que nas próximas directas - ou num putativo congresso convocado a pedido de Pedro Santana Lopes - só irá dar o apoio a um candidato que defenda claramente a regionalização do país.
Luís Filipe Menezes disse-o claramente, em declarações ao i no passado dia 28 de Novembro de 2009: "Sou militante, ex-presidente do partido e tenho-me mantido silencioso no meio de toda essa cacofonia que anda por aí. Só me envolverei e darei um sinal a favor de um qualquer candidato que defenda a regionalização."
Ora, Aguiar-Branco é um conhecido regionalista: em entrevista ao semanário "Grande Porto" durante a campanha para as últimas legislativas, o líder parlamentar social-democrata dizia que a regionalização "é fundamental para que a Região Norte possa ter uma afirmação política económica e científica mais forte".
Pedro Passos Coelho, que já tem a máquina montada e afinada para o confronto interno no PSD - com livro programático a sair em fins de Fevereiro - e se desdobra em contactos partidários e com a sociedade civil tem esse calcanhar de Aquiles: já se confessou favorável apenas a uma "descentralização política", não sendo defensor do modelo das cinco regiões, uma posição, aliás, semelhante à da actual líder do PSD, Manuela Ferreira Leite.
Comentários
Em primeiro lugar porque Portugal é ANTIREGIONAL, pelo que bem podem tentar saltar por cima das suas próprias cabeças na busca de argumentação convincente, que jamais encontrarão um conceito de "Região" adaptável à realidade cultural, física, humana e histórica de Portugal. A patética recorrência a modelos importados de países europeus federados, confederados, associações de nações e estados resultantes de negociatas entre as potências europeias para acordos de paz, não colhe junto da opinião pública. De facto, o povo português não é tolo nem lorpa, jamais desenvolveu ambições regionalistas e (os seus defensores são obrigados a reconhecê-lo), manifesta o maior desprezo e repúdio pelo debate e quando foi chamado a pronunciar-se, recusou (1998). Tentam agora desviar o cerne do debate para os "Custos com a regionalização" como se este fosse o ponto da discórdia: se ela fosse boa e desejada, os Custos teriam importância secundária e ao recorrerem a ele, como o fez Francisco Assis, revela o desespero em centrar a discussão no que lhes parece oferecer melhor possibilidade de manipulação.
Em segundo lugar, os ícones da regionalização têm vindo a encarregar-se de explicar publicamente, pelos seus comportamentos, que tipo de presidentes de junta regionais iríamos ter e as consequências para a unidade e independência do país.: Jorge Nuno Pinto da Costa, por exemplo, mostrou há dias ao país como seria uma Junta regional, eleita directamente, naquela confrangedora cena com o falecido José Maria Pedroto, que deve ter envergonhado a maioria dos sócios, adeptos e simpatizantes da prestigiada Associação, que é o F.C. do Porto. Demagogo sem escrúpulos, que os portuenses conhecem de ginjeira, ao infligirem derrotas clamarosas aos seus candidatos à CMPorto. Mas também AJJardim mostrou como se governa na Madeira, e basta recordar a transferência do Padre que denunciou a pobreza naquela região autónoma. Outros ícones da causa da regionalização (Fernando Gomes, Elisa Ferreira, Jorge Coelho, Vital Moreira) sofreram derrotas humilhantes ou entraram em cumplicidades de interesses sem vergonha nenhuma - amanharam-se com empregos de ordenados chorudos ou alaparam-se em cargos políticos.
Aguiar Branco é o pretenso candidato dos capitalistas dos centros comerciais, que procura apoio em milhares de pequenos empresários, parte deles não pagam impostos, estão condenados a desaparecer, porque nem para programas de reciclagem já servem, e procura aliciar os bandos épicos que andam por aí em algazarra pela regionalização, em busca de um quinhão à mesa do OE. O que os assusta é a imparável modernização do país, mesmo com a crise que vivemos, com a criação de novas e modernas empresas que vão exigir qualificações, e não se compadecem tanto com influências e cunhas.
Está na hora de desparasitar o sistema partidário português, as condições materiais e sociais vão por si impôr esse saneamento, quer queiram ou não, e não admira que muitos bandos receiem pelo seu futuro.
A regionalização é uma falácia. Vamos ao referendo!
Raras vezes estou em acordo com as posições que as tem tomado por si e escreveu neste blogue, mas desta vez estou quase integralmente de acordo.
Importante de mais é fazer a DESPARATIZAÇÃO político-partidária e de outras natureza no nosso País que se disseminou irresponsavelmente desde há 36 anos a esta parte, a qual é imprescindível no meu modelo de regionalização como PROGRAMA POLÍTICO e não como seu remendo ou capítulo, cujas características não têm as demonionices que vai enumerando de vez em quando neste "nosso" blogue.
Cumprimentos.
Sem mais nem menos.
Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Esta a mensagem encerra um propósito, que é um aviso óbvio; a regionalização só valerá a pena ir, se for com o povo e pelo povo.
Espero também, que seja o início de um processo que faça do nosso país uma terra socialmente mais justa, com o sistema que temos, está visto cada vez maior desigualdade.
Mas o que não vejo é o senhor de Vila Real convencer a sua gente. Já é um sinal.
Completei o seu comentário 2 "posts" a seguir.
Sem mais nem menos.
Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)