"Rui Rio e a Regionalização"

A cada dia que passa, o Governo nacional reforça a posição e o valor de políticos como Rui Rio, sem que Francisco Assis precise de abordar sequer o assunto.

As regiões a Sul estão saturadas de suportar o peso cadavérico do Norte e provavelmente o Governo nacional, apoiam quase de certeza a regionalização independentemente dos protagonistas, o problema está em regiões como Minho, Trás-os-Montes, mas até nessas Rui Rio é apreciado, tem sabido manter uma imagem daquilo que se pretende de um político, pouca presença, pouco peso e custo mínimo.

E nós, Porto, devíamos ao momento estar orgulhosos, é um mérito quando o país se afunda em contos do vigário, em escândalos e dívidas, aqui no Porto mantermos a nossa idoneidade. Espero, enfim, que não surja algo que me obrigue a engolir a frase que acabei de escrever. Mas ao momento o Porto é um exemplo a nível nacional.

E todos juntos podemos efectivamente reclamar a Regionalização, não há melhor hora que esta para saltar ao leme do navio desgovernado, e rumarmos com o país para as regiões, para o Norte, para o que é efectivamente nosso e está ao abandono, sempre centrados na Europa que está constantemente a avisar-nos do péssimo rumo que levamos e nós, como os países de 3º mundo, insistimos em ignorar avisos concretos e amigáveis.

Não podemos tolerar mais que conversas de favela e entretenimento de tristes continuem a liderar a agenda deste país. Há que agir, e o Norte pode fazê-lo. Se o não fizer é com certeza o primeiro a morrer afogado. E temos tudo, inclusive político com imagem e posição para avançarmos para a regionalização.
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|Cristina Santos no a Baixa do Porto|

Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

A maioria dos políticos portugueses conhece o nosso País de avião (a tal visão de "helicóptero" muito reclamada por muitos executivos aos seus gestores intermédios), mas viajando a 12 mil metros de altura e se lhes perguntarem lá do alto: "Que rio é aquele lá em baixo?", respondem como o Conde de Abranhos quando foi nomeado Ministro da Marinha que, à época, mandava nas ex-colónias, a uma pergunta sobre Moçambique: - "Mas onde fica fica Moçambique?"
Peço que me poupem escrever sobre políticos como Rui Rio e outros com o mesmo perfil político que só conhecem o País pelas estaisticas ou por "espirito santo de orelha", actuando sempre com as "costas quentes" e que nunca sentiram as dificuldades de pequenas e médias empresas e das familias na gestão dos seus orçamentos mensais e anuais, sem conhecerem quaisquer medidas positivas de apoio ou de incentivo ao esforço empresarial e familiar que desenvolvem.
A nossa sociedade, muito particularmente a classe detentora de qualquer tipo de poder, ao permitir a ineficácia de exercício das suas funções, está a contribuir para o aumento de impostos e/ou a aumentar o défice desmedidamente, dinâmica esta extensiva a quem tenha funções de natureza funcional em qualquer departamento estatal, todos pondo em causa o equilíbrio das contas públicas.
Ao implementar-se a regionalização não se poderá pactuar com situações deste tipo, tendo que se implementar uma cultura de exigência funcional e de objectivos onde se possa incentivar a confiança cívica (a substituir a desconfiança crónica), a responsabilidade pública e privada (a eliminar a confusão há muito reinante) e a desenvolver o espírito crítico (para substituir a coscuvilheirice e intriga políticas, bem à nossa moda e desde há séculos).
Sem esta transformação para uma maior qualidade cívica é impossível implementar a regionalização com eficácia na direcção do desenvolvimento equilibrado e autosustentado e da convergência real.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)