Regiões e Justiça são alvos para futuro líder
ALEXANDRA MARQUES |JN|
Revisão constitucional apontada como crucial para a direcção do PSD
Mais refém do Governo se o partido se abstiver no PEC ou com mais margem de acção se votar contra, o próximo presidente do PSD defenderá que seja iniciado um processo de revisão da Constituição, para mudar aspectos da Justiça e avançar com a regionalização
A abertura do processo de revisão constitucional "é crucial" para o PSD, seja qual for dos três candidatos principais à liderança do partido - Pedro Passos Coelho, Paulo Rangel e José PedroAguiar-Branco - o mais votado nas eleições directas de amanhã. Porque a revisão da Lei Fundamental permitirá - nos aspectos que forem acordados com o PS - alterar a estrutura judicial e até tentar um consenso partidário em relação à criação de uma região-piloto, no Algarve, independentemente da realização de um referendo após as eleições presidenciais de Janeiro de 2001.
Para Vasco Cunha, deputado, membro da Comissão Política Nacional social-democrata e líder da distrital de Santarém, qualquer que seja o líder eleito amanhã não deixará de pugnar pela abertura do processo de revisão.
Em matéria de regionalização Rangel e Aguiar-Branco Passos defendem a realização do referendo, entregando a decisão aos portugueses, enquanto Passos Coelho quer expurgar da Constituição a obrigatoriedade da consulta, iniciando a regionalização administrativa pelo Algarve.
Em relação à Justiça, o futuro líder terá uma influência decisiva nas propostas a apresentar na comissão parlamentar sobre a corrupção, criada por solicitação do PSD, cujos resultados terão de ser apresentados dentro de seis meses e no máximo até Dezembro.
Neste sector, inclui-se também a revisão às leis penais e à nova lei do Divórcio. Em ambas, o Governo - através do ministro da tutela, Alberto Martins -, já manifestou a intenção de introduzir alguns melhoramentos.
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ALEXANDRA MARQUES |JN|
Revisão constitucional apontada como crucial para a direcção do PSD
Mais refém do Governo se o partido se abstiver no PEC ou com mais margem de acção se votar contra, o próximo presidente do PSD defenderá que seja iniciado um processo de revisão da Constituição, para mudar aspectos da Justiça e avançar com a regionalização
A abertura do processo de revisão constitucional "é crucial" para o PSD, seja qual for dos três candidatos principais à liderança do partido - Pedro Passos Coelho, Paulo Rangel e José PedroAguiar-Branco - o mais votado nas eleições directas de amanhã. Porque a revisão da Lei Fundamental permitirá - nos aspectos que forem acordados com o PS - alterar a estrutura judicial e até tentar um consenso partidário em relação à criação de uma região-piloto, no Algarve, independentemente da realização de um referendo após as eleições presidenciais de Janeiro de 2001.
Para Vasco Cunha, deputado, membro da Comissão Política Nacional social-democrata e líder da distrital de Santarém, qualquer que seja o líder eleito amanhã não deixará de pugnar pela abertura do processo de revisão.
Em matéria de regionalização Rangel e Aguiar-Branco Passos defendem a realização do referendo, entregando a decisão aos portugueses, enquanto Passos Coelho quer expurgar da Constituição a obrigatoriedade da consulta, iniciando a regionalização administrativa pelo Algarve.
Em relação à Justiça, o futuro líder terá uma influência decisiva nas propostas a apresentar na comissão parlamentar sobre a corrupção, criada por solicitação do PSD, cujos resultados terão de ser apresentados dentro de seis meses e no máximo até Dezembro.
Neste sector, inclui-se também a revisão às leis penais e à nova lei do Divórcio. Em ambas, o Governo - através do ministro da tutela, Alberto Martins -, já manifestou a intenção de introduzir alguns melhoramentos.
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Comentários
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,
Enquanto persistir uma certa "promiscuidade" entre órgãos de comunicação social (ardentes de sangue, suor e lágrimas) e os mecanismos de justiça (carentes de protagonismo público), de nada valerá qualquer acção política incidente sobre o terceiro patamar do poder: poder judicial.
Sobre a regionalização, é fácil verificar a pobreza das propostas políticas até hoje apresentadas e que em nada contribuirão para um real desenvolvimento que desatole a sociedade portuguesa dos pântamos do empobrecimento, do endividamento, da má educação e da incultura.
A persistência crónica destas últimas, exactamente pela sua escandalosa persistência, terá de interessar para a defesautilitária de alguém, mas alguém constituido apenas por muito poucos que deveriam retratar-se sem demora nenhuma.
Sem mais nem menos.
Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)