Porto perde 16 habitantes por dia

Cidade está cada vez mais envelhecida


O Porto é uma cidade envelhecida, com uma população maioritariamente do sexo feminino e perdeu uma média de 16 habitantes por dia no último ano, conclui o Diagnóstico Social do Porto - Porto Solidário, tornado agora público.

De acordo com a agência Lusa, o estudo - solicitado pelo Conselho Local de Acção Social do Porto (CLASP), através da Fundação Porto Social, à Universidade Católica Portuguesa do Porto - já foi apresentado a 25 de Fevereiro num versão provisória, mas esta terça-feira, no final da reunião camarária, foi disponibilizada a versão definitiva.

O diagnóstico, desenvolvido ao longo de um período de 10 meses (Setembro de 2008 e Junho de 2009), destaca, ao nível das dinâmicas sociodemográficas, um abrandamento do crescimento populacional total, um envelhecimento populacional e a perda significativa de residentes em favor dos concelhos contíguos.

Assiste-se ainda a uma perda de população imigrante, em particular de pessoas de nacionalidade europeia, uma tendência explicada pela crise económica e as consequentes dificuldades de acesso ao mercado de trabalho.

No âmbito das dinâmicas socioeconómicas, a cidade do Porto tem notado um aumento progressivo no número de pessoas inscritas nos Centros de Emprego, existindo um grande número de «pobres que trabalham».

Refere o documento que «em 2009 o número de requerimentos de pensão social no concelho do Porto e o número de agregados familiares a beneficiar de RSI aumentou de forma significativa».

Contudo, no mesmo período de tempo, sobressaem «os melhores testemunhos de empreendedorismo social e criatividade cívica, bem como os exemplos de boas práticas no âmbito da solidariedade».

A realidade social da cidade do Porto, revelada pela habitação, «espelha as dificuldades próprias de um período de recessão económica» com o número de processos de sobreendividamento a reflectir-se nas dificuldades das famílias no que concerne à aquisição de habitação.

No grupo de pessoas especialmente vulneráveis encontram-se os sem-abrigo cujo número tem aumentado, «com o aparecimento de mais crianças e mulheres» que pedem ajuda na rua.

Quanto à segurança, o relatório refere que o Porto é considerado pelos seus habitantes «como uma cidade segura» embora se tenha verificado «um aumento da criminalidade participada em 2008».

Os crimes de violência doméstica são particularmente expressivos, registando-se ainda uma tendência de aumento de crime contra pessoas idosas.

Do lado dos jovens, a cidade é vista como «um importante centro de vida cultural e de lazer», havendo contudo muitos estudantes do Ensino Superior forçados a escolher residência noutros concelhos, em virtude das condições de acesso à habitação.

|TVI 24|

Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Já respondi a este "post" no "post" seguinte.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)