Precisamos de um novo Mouzinho da Silveira...

Aos 84 anos de idade, António Almeida Santos demonstrou em Baião a actualidade do seu pensamento e a vitalidade do seu raciocínio. Ao longo de quase duas horas de intervenção, este “senador” da política nacional defendeu a necessidade de um governo mundial, de uma redistribuição da riqueza mais justa e do fim das fronteiras entre as nações. O ciclo “Ideias Século XXI”, promovido pela autarquia, arrancou com um pensador livre: “As minhas ideias podem parecer erradas ou estranhas, mas vou continuar a defendê-las e estou certo de que muitas vão concretizar-se”.

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Como problemas nacionais, o advogado natural de Seia, detectou a morosidade excessiva a justiça, em parte devido ao carácter “douto” da mesma. “É raro ver acórdãos dos tribunais com menos de 30 páginas. Isto não é eficaz”.

Também a regionalização foi vista como uma evolução importante para o país, visto permitir uma melhor adequação das competências dos diferentes poderes. “O poder local só tem a ganhar com o surgimento de um poder regional, que esteja mais perto e seja mais acessível”, opinou, defendendo ainda a necessidade de revisão do mapa administrativo nacional. “Não faz sentido haver freguesias com 100 eleitores e 300 municípios. Precisamos de um novo Mouzinho da Silveira que adeqúe a administração do território às necessidades da população”.

averdade.com

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