Regionalização - o que pensam os três candidatos à liderança do PSD?

Na conferência promovida pelo "Diário Económico", em Lisboa, na qual participaram os três candidatos à liderança do PSD.

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Questionados sobre a regionalização, Paulo Rangel respondeu que é "a favor da regionalização" e que o PSD deve debater esse tema porque está dividido sobre ele.

"Sou por princípio favorável à regionalização, que deve ser feita por via do referendo", disse, por sua vez, Aguiar-Branco, enquanto Passos Coelho disse ter "uma posição favorável à chamada descentralização administrativa no território do continente", defendendo que a Constituição seja alterada para "permitir a criação de uma região-piloto" que sirva de experiência nesta matéria.

Contudo, segundo Passos Coelho, neste momento "um Governo que viesse anunciar a intenção de fazer a regionalização imediatamente deixaria de ter qualquer capacidade para convencer as agências de 'rating' e Bruxelas de que é para valer a intenção de reduzir a despesa e de diminuir o peso da dívida".

|Publico|

Nota do editor:
Sobre a Regionalização nota-se alguma sintonia entre os candidatos oriundos do Porto e um Passos Coelho a ser, objectivamente, contra, mostrando, mais uma vez, ter uma visão algo distorcida, enviesada e pouco consistente desta importante reforma pois, de imediato, a associa ao aumento da despesa pública. 
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Comentários

Paulo Rocha disse…
Com estes protagonistas não vislumbro onde possa estar a alternativa ao PS.

Na eventualidade do Sócrates sair de cena, qualquer personalidade de topo do PS (António Costa) é muito mais credível e muito mais experiente que qualquer um destes senhores.
Anónimo disse…
Caro Paulo Rocha,

Mudar os protagonistas políticas é condição necessária mas não suficiente, devendo procurar-se substitutos entre personalidades de créditos firmados na experiência profissional, na cultura interiorizada, na exemplaridade cívica, familiar e pessoal reconhecida e na DISCIPLINA, ÉTICA e INDEPENDÊNCIA de desempenho, características estas não encontradas entre os putativos substitutos que por aí proliferam nos partidos políticos ou "aconselhados" por uma comunicação social confrangedora e inquisitorial.
Para completar o trabalho político que é necessário realizar, é ainda basilar o enunciado dos objectivos políticos de desenvolvimento a atingir (ninguém o tem feito nem fará, correspondendo a uma manifesta incompetência política), através de instrumentos políticos inovadores onde se inclui, com todo o seu prestígio e potencialidades,a descentralização política corporizada pela regionalização autonómica, sempre na base das 7 Regiões Autónomas.
Agora, mais do mesmo, tanto em acções chamadas políticas como em protagonistas, será a ruína muito próxima do nosso País como Nação. E tal ruína não é só económica, mas muito mais grave: cultural, ética, social e histórica, onde a sociedade tem culpas decisivas neste cartório decadente, por ser hipócrita, vingativa e videirinha.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)

PS - Quem pensar que esta posição corresponde a uma espécie de Medina Carreira II só revela vistas curtas e sentimentos pouco recomendáveis que nunca terão coragem de expôr publicamente, nem mesmo neste blogue.
Já repararam que não escrevo sob o normativo do Acordo Ortográfico. Não escrevo nem nunca escreverei, sendo tal Acordo um exemplo da capitulação de uma sociedade interira a objectivos economicistas e mal amanhados e às cordeirices da chamada globalização.