A realização de uma Jornada de Reflexão sobre Agricultura e Desenvolvimento Rural no Distrito da Guarda é uma ocasião única para reflectirmos em conjunto sobre o papel que o sector agrícola pode e deve desempenhar no processo de desenvolvimento do Concelho do Sabugal.
Sou dos que consideram que este é um sector fundamental para as nossas terras, não embarcando no comboio dos que dizem que a agricultura não tem futuro.
Mas sou também dos que afirmam que dinâmicas de exploração agrícola com sucesso no Alentejo ou na Região Oeste de Lisboa, não podem nem devem ser o exemplo seguir.
Temos características próprias diferenciadoras que nos afastam de lógicas meramente industrializantes de exploração dos solos rurais, mas que não devem tornar inviáveis práticas agrícolas de subsistência e preservação do território.
Sou, por isso, defensor do desenvolvimento concelhio dos sectores agrícola, agro-pecuário e silvo-pastorício; sou defensor de um sector agro-industrial de transformação/comercialização dos produtos agrícolas, mas igualmente da certificação dos produtos tradicionais; sou defensor de um sector florestal competitivo, sustentável e diversificado, que não se limite à simples exploração do material lenhoso, mas abranja outras formas de exploração como a caça, a pesca, a apicultura, os cogumelos, as ervas aromáticas e medicinais, a limpeza e o aproveitamento da biomassa para a produção de energia, etc.
Mas sou também defensor de práticas agrícolas de subsistência que embora fora dos mecanismos de mercado, contribuem para a manutenção de valores essenciais de identidade e de preservação do solo rural, garantindo ao mesmo tempo rendimentos complementares a muitas famílias e, sobretudo, mantendo em actividade os mais idosos.
Continuo assim a defender que é urgente apostar na criação de condições para que no Sabugal seja possível apostar na Castanha, no Azeite, no Gado, na Floresta, na apicultura e nos doces tradicionais (cereja, abóbora, amora silvestre), nos cogumelos, ervas aromáticas e medicinais, na Caça e na Pesca.
Mas continuo igualmente a defender que é urgente a apostar na criação de condições para:
1) dinamizar o processo de certificação de produtos tradicionais como a carne de vaca, a truta, os enchidos, o cabrito, o mel ou o queijo de cabra;
2) criar e um sector agro-industrial de transformação/comercialização dos produtos agrícolas; e,
3) desenvolver um sector de aquacultura de peixes do rio Côa, com destaque especial para a truta.
E digo mais, torna-se necessário que Comunidade e eleitos locais trabalhem em parceria para a definição de um projecto agrícola concelhio.
Mas, torna-se igualmente urgente apostar, na criação, em parceria com as Juntas de Freguesia e as Associações do Sector Agrícola, de um sector de Agricultura de Subsistência, apoiando técnica e financeiramente práticas de agricultura de subsistência.
Responsáveis, colaboradores e leitores deste Blogue, aqui vos deixo um repto.
Vamos debater, sem preconceitos a questão da agricultura no nosso Concelho.
«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos
(Presidente da Assembleia Municipal do Sabugal)
in Capeia Arraiana (Sabugal, Beira Interior)
Mas sou também dos que afirmam que dinâmicas de exploração agrícola com sucesso no Alentejo ou na Região Oeste de Lisboa, não podem nem devem ser o exemplo seguir.
Temos características próprias diferenciadoras que nos afastam de lógicas meramente industrializantes de exploração dos solos rurais, mas que não devem tornar inviáveis práticas agrícolas de subsistência e preservação do território.
Sou, por isso, defensor do desenvolvimento concelhio dos sectores agrícola, agro-pecuário e silvo-pastorício; sou defensor de um sector agro-industrial de transformação/comercialização dos produtos agrícolas, mas igualmente da certificação dos produtos tradicionais; sou defensor de um sector florestal competitivo, sustentável e diversificado, que não se limite à simples exploração do material lenhoso, mas abranja outras formas de exploração como a caça, a pesca, a apicultura, os cogumelos, as ervas aromáticas e medicinais, a limpeza e o aproveitamento da biomassa para a produção de energia, etc.
Mas sou também defensor de práticas agrícolas de subsistência que embora fora dos mecanismos de mercado, contribuem para a manutenção de valores essenciais de identidade e de preservação do solo rural, garantindo ao mesmo tempo rendimentos complementares a muitas famílias e, sobretudo, mantendo em actividade os mais idosos.
Continuo assim a defender que é urgente apostar na criação de condições para que no Sabugal seja possível apostar na Castanha, no Azeite, no Gado, na Floresta, na apicultura e nos doces tradicionais (cereja, abóbora, amora silvestre), nos cogumelos, ervas aromáticas e medicinais, na Caça e na Pesca.
Mas continuo igualmente a defender que é urgente a apostar na criação de condições para:
1) dinamizar o processo de certificação de produtos tradicionais como a carne de vaca, a truta, os enchidos, o cabrito, o mel ou o queijo de cabra;
2) criar e um sector agro-industrial de transformação/comercialização dos produtos agrícolas; e,
3) desenvolver um sector de aquacultura de peixes do rio Côa, com destaque especial para a truta.
E digo mais, torna-se necessário que Comunidade e eleitos locais trabalhem em parceria para a definição de um projecto agrícola concelhio.
Mas, torna-se igualmente urgente apostar, na criação, em parceria com as Juntas de Freguesia e as Associações do Sector Agrícola, de um sector de Agricultura de Subsistência, apoiando técnica e financeiramente práticas de agricultura de subsistência.
Responsáveis, colaboradores e leitores deste Blogue, aqui vos deixo um repto.
Vamos debater, sem preconceitos a questão da agricultura no nosso Concelho.
«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos
(Presidente da Assembleia Municipal do Sabugal)
in Capeia Arraiana (Sabugal, Beira Interior)
Comentários