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Governo anula concurso para terceira travessia

O Governo vai anular o concurso para a terceira ponte sobre o Tejo, aumentando para 500 milhões de euros a comparticipação comunitária no projeto.

|Lusa|

O Executivo vai anular o concurso para a terceira travessia sobre o Tejo, disse hoje à Lusa o secretário de Estado dos Transportes, que espera lançar um novo concurso dentro de seis meses.

O secretário de Estado Correia da Fonseca justificou a anulação do concurso com "a alteração das condições que existiam à data do concurso", de caráter técnico e financeiro, e adiantou que esta decisão vai permitir ao Estado aumentar a comparticipação comunitária no projeto da nova ponte.

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Os fundos comunitários que estavam previstos para o projeto de alta velocidade Porto-Lisboa e Porto-Vigo iriam ser perdidos devido ao facto de serem adiados. Para não perdermos [este  dinheiro] vamos utilizá-lo na terceira travessia", explicou.

Correia da Fonseca falava à Lusa à margem da assinatura de um memorando de entendimento entre o Estado e a Siemens Portugal que formalizou o envolvimento da empresa no Programa de Mobilidade Eléctrica em Portugal (MOBI.E).

De acordo com o governante, "o custo da nova ponte sobre o rio Tejo era de dois mil milhões de euros, mas só tinha 170 milhões de euros de fundos comunitários".

Fundos de €500 milhões

Com a anulação do concurso, explicou, a componente de fundos comunitários vai aumentar para 500 milhões de euros, uma vez que vão ser canalizados fundos que tinham sido atribuídos ao projeto português de alta velocidade.

Segundo o secretário de Estado dos Transportes, o concurso para a terceira travessia do Tejo vai ser relançado "numa nova base, com menos impacto sobre as contas públicas".

Correia da Fonseca disse ainda que "há questões técnicas que vão ser alteradas e que permitem embaratecer a obra".

Questionado sobre a possibilidade de o Estado poder ter de indemnizar s consórcios concorrentes, o governante explicou que se o concurso for relançado em seis meses o executivo não terá despesas.

"O que teríamos de fazer era pagar o custo de elaboração das propostas, mas se relançarmos o concurso em seis meses, nem isso teremos de pagar. Essa é a minha expetativa", disse.

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