|Lusa|
Uma delegação do Conselho Regional e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) apresentou hoje aos grupos parlamentares, em Lisboa, as iniciativas dos dois órgãos para que sejam criadas as regiões administrativas.
A delegação, chefiada pelos presidentes da CCDR-N, Carlos Lage, e do Conselho Regional do Norte (CRN), Francisco Araújo, considerou a regionalização "um processo decisivo para a coesão nacional e o desenvolvimento das regiões, a racionalização do Estado e a eficácia das políticas públicas".
No final das audiências, Carlos Lage disse à agência Lusa que o objetivo não foi "fazer pressão", mas sim "estabelecer diálogo".
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Uma delegação do Conselho Regional e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) apresentou hoje aos grupos parlamentares, em Lisboa, as iniciativas dos dois órgãos para que sejam criadas as regiões administrativas.
A delegação, chefiada pelos presidentes da CCDR-N, Carlos Lage, e do Conselho Regional do Norte (CRN), Francisco Araújo, considerou a regionalização "um processo decisivo para a coesão nacional e o desenvolvimento das regiões, a racionalização do Estado e a eficácia das políticas públicas".
No final das audiências, Carlos Lage disse à agência Lusa que o objetivo não foi "fazer pressão", mas sim "estabelecer diálogo".
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Comentários
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,
Este mix de delegações que "descem" a Lisboa, não para "fazer pressão" mas para "estabelecer diálogo", partem já mais na posição de derrotados do que de vencedores.
Nestas condições, mesmo com as maiores afinidades político-partidárias, como é possível dialogar objectivamente com as entidades políticas superiores (não se esqueça que são os mandantes) senão através da compassividade.
Os partidos de governo e o próprio Governo andam para trás e para a frente sem dar passos definitivos, como baratas tontas, mesmo na versão ridícula e minimalista das regiões administrativas.
Este tipo de iniciativas assemelham-se às "brigadas do reumático" de triste memória, a caucionar uma legitimidade política que poucos meses mais tarde caiu como um castelo na areia.
Enfim, ...
Sem mais nem menos.
Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Os regionalistas mais nobres procuram formar um contrato social estritamente limitado aos interesses da "classe" política, uma vez que o povo, a história, a cultura não o consentem, porque a regionalização iria lesar os intereses das populações, destruir o que a natureza e a história espontaneamente criaram.
Foi esse património cultural e político que o povo usou para estabelecer um contrato singular, nunca visto na sociedade europeia, para estabelecer uma ordem social, para fundar um Estado jurídico e político. Assim se alicerçou um poder consensual, com uma autoridade que o representasse, o defendesse e encarnasse.
Nós - o poder local - lutaremos até à morte por este território, respeitaremos o poder central definido neste contrato, só esse e mais nenhum, e tu - o Rei (na altura) - protege-nos e garantes a unidade e consenso da nossa vida social - e havemos de aniquilar todos os que queiram, nas áreas intermédias, usurpar os termos deste trato, nem que seja pela extirpação de corações, à espadeirada, pelourinho público (ou como fez o Marquez...) Quem manda nesta terra somos nós e não foi preciso aguardar pelas teorias contratualistas séculos mais tarde para este estabelecimento de regras muito rigorosas, para este compromisso, este contrato. Só que agora esse poder maior é eleito democraticamente. Que evolução!!! que diferença!!!
Este contrato não foi firmado entre reis, entre reis e príncipes, entre príncipes e duques e condes. Isso foi no resto da Europa. Aqui foi o povoléuzinho que impôs os termos do mesmo. A nossa história é bem explícita sobre isto.
Ora, sabendo disto, o Gang do Porto enviou os seus emissários à corte, a Lisboa..., sem nenhuma legitimação popular.
O povo só respeita aquele poder espontâneo e natural da freguesia e do município, o da sua terra, o das suas associações e o outro, o central, ao qual permite e até exige que prolongue os seus braços amigos por todo o território para melhor interagir com as suas freguesias e municípios, cuja existência é anterior ao Estado e, dizia A.Herculano, "parece ter nascido das mãos de Deus". Estamos a falar de descentralização, mas sem mãozinhas marotas, gananciosas, separatistas, arruaceiras que pelo poder são capazes de trair e estilhaçar um dos países mais antigos do mundo.
Os seus argumentos histórico-culturais só necessitam de ser orientados para a regionalização autonómica porque para os municípios e freguesias já há muito tempo que o estão, tal como os regionalistas também fervorosamente defendem. A sehuir não escreva nada a contestar o que se escreveu antes porque não será uma intervenção séria, dado que uma regionalziação que ostracize os municípos e as freguesias não poderá nunca ser considerada regionalziação. Se for para "inglês ver", como é apanágio do nosso comportamento político, então aí tem razão para um comentário bem justificado sem necessidade de muita argumentação, mas não é seguramente o de quem defende justificadamente a regionalização autonómica para aprofundar o poder executivo dos municípios e das freguesias, com o conhecimento de causa genuíno porque das outras propostas de regionalziação nada disso será permitido politicamente.
Sem mais nem menos.
Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Por isso, não deve sentir remorsos de atraiçoar a Pátria
Sobre a regionalização:
A lógica dos teóricos da regionalização é esta:
Os países europeus estão regionalizados.
Portugal é um país europeu.
Falta regionalizar Portugal.
É esta a dialética da treta dos regionalistas, lógica generalista, sobre coisas gerais sem atender à natureza íntima das coisas, à essência da coisa - às realidades concretas de cada país.
Suiça, Bélgica, Espanha, etc. estão regionalizados, como afirmam algumas catedrais do saber em filosofia política, e como Portugal o não está, somos a vergonha da Europa, por isso o mais rasca da Europa, etc..
É através deste método da treta, ambíguo, que os regionalistas advogam esta mentira em detrimento da nossa verdade objetiva (histórica, cultural, linguística, social), não estudando cada caso particular, comparando-os entre si. Se o fizessem, com seriedade e amor pela pátria a que pertencem, desaguariam numa descoberta e demonstração: a singularidade de Portugal, provada em todos os fatores - Portugal é antiregional.
Porque enquanto os outros países foram compelidos a criar dimensões de poder intermédios, para consensualizar a sua vida social num Estado, por razões históricas, culturais, éticas, e mesmo assim por formas bem diferentes entre si (confederações, federações, cantões, antonomias, nacionalidades, etc.), quiça talvez pelo fator dimensão do Estado, (não menosprezando o facto histórico de esses países terem resultado de acordos entre reis, entre reis e príncipes, entre príncipes e duques e condes, etc.), em Portugal, desde a sua fundação, nada disso se passou, para além de não termos problemas de anexação violenta, étnicos, linguísticos, etc., e sermos ainda um país de média dimensão na Europa e uma região (independente há 850 anos) no espaço chamado ibérico - e essa coisa de iberos ninguém provou ainda que o somos).
Regionalizar Portugal seria retalhá-lo em meia dúzia de terreiros do paço, colocá-lo na esfera da Espanha das nasções, sob o "Império Doméstico" de Castela, desígnio que nunca abandonaram.
É preciso que saibamos do que estamos a tratar e do explosivo que estamos a manusear.
Os regionalistas estão a fugir, tragicamente, da política, enveredando pela burocracia, pelos interesses da funcionalagem, pelas soluções organicistas, para se acomodarem o melhor que puderem, sem se morderem mortalmente, à volta da mesa do Estado repleta de variadas iguarias - especialmente em tempo de vacas magras, e quando a competência e seriedade mais são requisitadas pelo coletivo.
Eu acredito que Portugal vai sair triunfante desta situação, há sinais nesse sentido revelados por uma geração tecnológica e científica moderna, que está a lançar no desespero o tal Reumático Pós-Abril de que falamos.
Vai ver. Poderemos já cá não estar para o confirmar, mas está a nascer um Portugal Novo e é isso que está a enraivecer o Portugal Velho (o tal Reumático).
Volto a chamar a atenção para a necessidade de apontarmos as baterias para as ilicitudes que se cometem no interior do sistema partidário, para o salvar e cumprir a sua missão. Sem isso é a própria democracia que corre perigo.
Mas tome atenção: as camarilhas que andam por aí a criar partidos regionais, são responsáveis pelo estado calamitoso do actual sistema partidário. Eles iriam exponenciar nesses novos "exércitos" os males que causaram nos actuais.
Eles vieram de lá e dá-se até este paradoxo: alguns ainda lá estão, à pala dos quais exercem cargos públicos, e já estão a ganir por partidos regionais. Jogam já em dois tabuleiros, tal é uma certa cambada que nos anda a representar.
O pior e antipatriótico retalhamento do nosso País assents em duas situações inegáveis e identificadas à vista desarmada:
(1) As assimetrias regionais de desenvolvimento
(2) A desetificação generalizada e que não é só característica do interior
Nunca viu mencionar como consequência da regionalização o retalhamento mas novas e mais efectivas condições de desenvolvimento integrado e equilibrado. É isto que interessa a um autêntico regionalista, porque o retalhamento, dadas as duas considerações, nem para nada deve ser mencionado por ser puramente antipatriótico.
Retalhados estão a ser os nossos rendimentos por razões para as quais a maioria do Povo Potuguês não contribuiu directamente, a não ser com o seu maneirismo egoista e covarditamente envergonhado, como quem não quer a coisa. Tanto por ser historicamente pouco assertivo como para "levar a vidinha", teve sempre que se encolher demasiado nos entrefolhos, sem preocupações de uma educação familiar responsáel e não permissiva, como para atestar que a 4ª. classe já chega e toca a trabalhar.
Então este último, Caro Templário, é que é o principal retalhamento do nosso País que nunca teve a oportunidade de mencionar detalhadamente nos seus textos neste blogue. Nem o preocupa sequer que a regionalização TEM (em maisúsculas, para ler bem) de ser acompanhada de uma profunda e transversal reestruturação de TODOS os ORGANISMOS do ESTADO para se poder prosseguir OBJECTIVOS POLÍTICOS, como:
(1) SOBERANIA
(2) DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E SOCIAL
(3) CONHECIMENTO E TECNOLOIA
(4) EQUILÍBRIO SOCIAL
Por isso, deixa o retalhamento em paz e sossego e se nos deixar fazê-mos-lhe um funeral de respeito e com respeito, em nome do mais importante e relevante pata o nosso País, em termos de desenvolvimento.
Sem mais nem menos.
Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)