Em "Entre-Douro e Minho arriscamo-nos a ser um bando de mendigos que vai a Lisboa pedir as coisas a que tem direito"
Excerto da entrevista de Joaquim Mota e Silva, Presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto, ao JN:
Tem defendido a regionalização, como fundamental para o salto qualitativo desta região de Entre Douro e Minho. Acha que este modelo administrativo vai finalmente avançar?
O modelo político precisa de ser reformulado. A regionalização é importantíssima, porque sem essa reforma administrativa, em Lisboa não vão querer saber como é que se dará o desenvolvimento integrado da região de Entre Douro e Minho. Vemos a Madeira, os Açores e o Vale do Tejo a desenvolverem-se e o resto do país a marcar passo. É tempo de os políticos novos, com coragem, imporem o que é importante para a realidade em que vivemos. O problema é que todos os quadros comunitários vão passar e a regionalização sem estar implementada.
Quando acontecer, onde está o dinheiro para avançar com a política de coesão?
Este estado de coisas fomenta a política de sacristia, em que cada um procura assegurar financiamento para os seus municípios. A continuar neste quadro, na região de Entre Douro e Minho arriscamo-nos a ser um bando de mendigos que vai a Lisboa pedir as coisas a que tem direito.
Haverá a vontade política dos dois maiores partidos, para que a regionalização avance de facto?
Jornal de Notícias, 27/06/2010
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