Regionalizar aonde?

Prevê-se que mais alguns milhares de escolas vão desaparecer, por não ter os vinte alunos necessários para se manter. Quem mais vai ter escolas a encerrar, será o interior e as suas aldeias.

A escola era um equipamento social de que as aldeias dispunham até há bem pouco tempo. Agora, há toda a uma série de processos de descapitalização evidente, que marcam e que, no fundo, agravam, penalizam e castigam a própria zona rural.

Primeiro desapareceu o padre, passou a ser um padre para várias aldeias, agora desaparece a escola, em muitos sítios os correios encerraram e ou deixaram de chegar. Também encerram hospitais, maternidades, e outros serviços públicos. Muitas localidades antes servidas pelo caminho-de-ferro também viram desaparecer o comboio.

O que resta à aldeia? Nada!

Desaparecem os jovens por falta de oportunidades de trabalho, não existe investimento empresarial, o pouco comércio existente vai encerrando e os mais velhos vão ficando desamparados na sua solidão.

Há quem volte a falar na regionalização, mas regionalizar com quê? Regionalizar aonde? Só se for todo o Litoral onde as gentes se concentram, porque o interior ficou desertificado e só resta o vazio.Este país passou para o Litoral e os sucessivos governos nada fizeram para o evitar…

|AG|
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Comentários

Anónimo disse…
A conclusão dada neste texto é para mim um total disparate!

Precisamente regionalizar, dando autonomia de decisão (até financeira) para uma região do interior com uma capital distrital que seja capaz de mobilizar toda a região e criar riqueza é precisamente uma das soluções base estruturais e políticas para este problema.
Al Cardoso disse…
E que pena de da ver a minha regiao sem gente!!!

Um abraco dalgodrense.