Almeida: um concelho que sofre com o centralismo (parte II)

Excertos da entrevista do Presidente da Câmara Municipal de Almeida, Prof. António Baptista Ribeiro, ao diário "As Beiras":

(continuação)
«Venha a regionalização

António Ribeiro defende a adopção de “políticas de discriminação positiva, com criação de incentivos às empresas para que se fixem no interior”, sustentando que esses apoios “devem ser diferenciados na região. Não podem ser iguais, por exemplo, aos concedidos para Viseu ou outras cidades do litoral, porque há aqui especificidades distintas”.

O autarca afirma temer que “os objectivos do QREN não sejam cumpridos”, porque, frisa, “a taxa de execução não chega aos nove por cento passados quatro anos do início do programa”.

E salienta, a propósito, a “burocracia do QREN quando falam do choque tecnológico e da desburocratização”. “Vivemos actualmente num sistema mais complicado do que aquando do III Quadro Comunitário de Apoio”.

Realçou, porém, o esforço de desenvolvimento que o município de Almeida tem realizado, sobretudo na criação de equipamentos, como foram os casos das Termas da Fonte Santa, arruamentos em Vilar Formoso e outras localidades do concelho, construção do Centro Cívico e arranjos urbanísticos”.

O autarca entende que “deveria haver uma atitude diferente face aos municípios e que devia definir-se uma estratégia para o interior, deslocalizar os serviços e criar incentivos”.
“Venham as regiões e a regionalização e, certamente, os recursos serão mais e melhores”, expressou.

António Ribeiro não tem dúvidas de que o interior “só teria a lucrar com a regionalização” e garante que, no actual contexto, “Vilar Formoso tem de facto uma posição estratégica, até por ser a maior fronteira terrestre do país a ser servida por auto-estrada e linha férrea”»

(continua)

in Diário As Beiras (Coimbra, Beira Litoral)


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