Regionalização. Costa quer avanço nesta legislatura, Rio pede debate

|João Queiroz|

Maior eficiência e optimização dos recursos justificam avanço da reforma, acreditam autarcas

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte juntou ontem os líderes das duas mais importantes cidades do país num seminário sobre regionalização. O "sim" é dado em uníssono, mas António Costa defende o avanço já nesta legislatura enquanto Rui Rio pede o debate até ao consenso.

"Mais que nunca precisamos disto", sustenta o presidente da Câmara de Lisboa, considerando a regionalização "fundamental para uma administração pública mais eficiente". Preconizando que, "para já", deve ser dado por adquirido o modelo das cinco regiões", Costa defende que a crise não é desculpa para adiar a reforma: "É nestes momentos que é mais necessário fazer o que é preciso".

"É preciso tratar o tema e enquadrá-lo numa reforma ampla para conseguir a transversalidade da sociedade portuguesa", afirma o presidente da Câmara do Porto, outrora anti-regionalista, que admite ter uma posição bem diferente da que tinha quando votou "não" no referendo de 1998.

O autarca defende que, numa futura consulta, a população deve pronunciar-se sobre "uma lei já votada no Parlamento, em que as pessoas saibam o que estão a decidir - e não a passar um cheque em branco para uma lei". E alertou para os "perigos da regionalização", nomeadamente o modelo, que terá de ser "o mais consensual" e garantir a governabilidade da região. "Se transpusermos para a região o que temos nas autarquias, sou contra."

Também António Vitorino defende que a regionalização deve avançar. Nesta legislatura? "Possível é, mas se alguém souber quanto tempo vai durar esta legislatura...", ironizou. O socialista disse ainda "não acreditar" em soluções de região-piloto, como a proposta pelo PSD. "Devemos concentrar esforços na aplicação do modelo constitucional e na consulta popular".
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Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

"Mais que nunca precisamos disto" foi uma das frases proferidas pelo Senhor Presodente da Câmara de Lisboa, na iniciativa sobre a regionalização, realizada no Porto.
Admitindo sempre que qualquer iniciativa tem o seu mérito intrínseco, seria então conveniente que se esclarecesse o significado de "precisamos disto", na parte relativa ao sujeito porque o predicado há já muito que se encontra mais que justificado.
Por isso, a identificação e caracterização do sujeito é de importância vital para a amplitude e profundidade de um projecto político da envergadura da regionalização. Então, poderemos inventariar o "sujeito que precisa" da regionalização:
(a) As clientelas partidárias
(b) As clientelas das futuras ex-CCDR's
(c) As clientelas empresariais, em especial as que têm sede nas maiores cidades e detenham conglemerados empresariais
(d) Os próprios autarcas
(e) As populações das Regiões Autónomas a instituir, sem nunca perder de vista a base das Regiões Históricas ou Províncias
(f) As populações dos concelhos e das freguesias
Os sujeitos incluidos nas 2 primeiras alíneas, com toda a certeza defendem o figurino das 5 Regiões Administrativas. Os sujeitos da alínea (c) procurarão uma solução política regionalista que não interfira na "governance" (e que "governance") a que se habituaram (ou foram habituados) nestes últimos 36 anos. Os sujeitos da alínea (d) terão um comportamento regionalista misto, com uma boa parte a defender a integração dos seus concelhos nas 7 Regiões Autónomas, enquanto outros ficarão satisfeitozinhos com os habituais serviços mínimos das 5 Regiões Administrativas, propaladas sem convicção, entusiasmo ou mobilização das populações.
No fim de tudo, se as populações fossem legitimamente ouvidas e achadas neste tortuoso processo e os seus interesses endógenos protegidos eficaz e diversificadamente, de certeza que se optava pela solução das 7 Regiões Autónomas com muito mais convicção e aderência natural das populações a um projecto político que considerariam como seu.
E se tal fosse implementado com um programa SIMULTÂNEO de reorganização de toda a estrutura e funcionamento orgânico do Estado, seria ouro sobre azul com as populaões a verem ao fundo do túnel uma luz diferente da do comboio, a qual nos tem aparecido estupidamente à frente dos olhos na estação onde dificilmente o apanhamos há séculos a esta parte (pelo menos, desde há cerca de 135 anos).
Depois disto, tem-se a certeza que os principais desígnios nacionais associados à soberania, desenvolvimento económico e social, conhecimento e tecnologia e equilíbrio social seriam prosseguidos com muito mais esforço mobilizador, estusiasmante e orientado para o futuro.
Por tudo o que foi referido, é mesmo muito importante caracterizar o sujeito da necessidade da regionalização, para não fiquem quaisquer dúvidas.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

"Mais que nunca precisamos disto" foi uma das frases proferidas pelo Senhor Presodente da Câmara de Lisboa, na iniciativa sobre a regionalização, realizada no Porto.
Admitindo sempre que qualquer iniciativa tem o seu mérito intrínseco, seria então conveniente que se esclarecesse o significado de "precisamos disto", na parte relativa ao sujeito porque o predicado há já muito que se encontra mais que justificado.
Por isso, a identificação e caracterização do sujeito é de importância vital para a amplitude e profundidade de um projecto político da envergadura da regionalização. Então, poderemos inventariar o "sujeito que precisa" da regionalização:
(a) As clientelas partidárias
(b) As clientelas das futuras ex-CCDR's
(c) As clientelas empresariais, em especial as que têm sede nas maiores cidades e detenham conglemerados empresariais
(d) Os próprios autarcas
(e) As populações das Regiões Autónomas a instituir, sem nunca perder de vista a base das Regiões Históricas ou Províncias
(f) As populações dos concelhos e das freguesias
Os sujeitos incluidos nas 2 primeiras alíneas, com toda a certeza defendem o figurino das 5 Regiões Administrativas. Os sujeitos da alínea (c) procurarão uma solução política regionalista que não interfira na "governance" (e que "governance") a que se habituaram (ou foram habituados) nestes últimos 36 anos. Os sujeitos da alínea (d) terão um comportamento regionalista misto, com uma boa parte a defender a integração dos seus concelhos nas 7 Regiões Autónomas, enquanto outros ficarão satisfeitozinhos com os habituais serviços mínimos das 5 Regiões Administrativas, propaladas sem convicção, entusiasmo ou mobilização das populações.
No fim de tudo, se as populações fossem legitimamente ouvidas e achadas neste tortuoso processo e os seus interesses endógenos protegidos eficaz e diversificadamente, de certeza que se optava pela solução das 7 Regiões Autónomas com muito mais convicção e aderência natural das populações a um projecto político que considerariam como seu.
E se tal fosse implementado com um programa SIMULTÂNEO de reorganização de toda a estrutura e funcionamento orgânico do Estado, seria ouro sobre azul com as populaões a verem ao fundo do túnel uma luz diferente da do comboio, a qual nos tem aparecido estupidamente à frente dos olhos na estação onde dificilmente o apanhamos há séculos a esta parte (pelo menos, desde há cerca de 135 anos).
Depois disto, tem-se a certeza que os principais desígnios nacionais associados à soberania, desenvolvimento económico e social, conhecimento e tecnologia e equilíbrio social seriam prosseguidos com muito mais esforço mobilizador, estusiasmante e orientado para o futuro.
Por tudo o que foi referido, é mesmo muito importante caracterizar o sujeito da necessidade da regionalização, para não fiquem quaisquer dúvidas.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)