Eixos para a Regionalização

Efectivamente, do ponto de vista tecnológico, foram criadas, nas potenciais regiões do interior, instituições de ensino superior - Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e Politécnico de Bragança, em Trás-os-Montes; Universidade da Beira Interior e Politécnicos de Castelo Branco e Guarda, na Beira Interior; Universidade de Évora e Politécnicos de Portalegre e de Beja, no Alentejo; Universidade e Politécnico de Faro, no Algarve - que importa orientar e dinamizar no sentido do apoio ao desenvolvimento científico, tecnológico e económico das respectivas regiões, através da investigação, de estudos de desenvolvimento e da formação de quadros, em consonância com as necessidades regionais do país e, em particular, das respectivas regiões, seguindo uma política de abertura e uma gestão democrática que constituam exemplo para as restantes instituições.

No que respeita aos centros urbanos- ainda que se reconheça a sua fragilidade - importa realçar o papel da organização em rede de eixos, de pequenos-médios centros, que poderão, assim, desempenhar o papel de centros urbanos de média dimensão.

Salienta-se em Trás-os--Montes o corredor Vila Real-Chaves e Bragança, no sentido Oeste-Leste, e Vila Real-Régua e Lamego, no sentido Norte-Sul; na Beira Interior, as funções de capital regional e de eixo de desenvolvimento podem ser desempenhadas pelo corredor Guarda-Covilhã-Pundão-Castelo Branco, sem descurar o apoio a pequenos corredores Oeste-Leste, que garantirão o reforço da cooperação transfronteiriça; no Alentejo, embora Évora sobressaia claramente no conjunto dopequeno-médios centros, não será de descurar a organização em rede, com Portalegre, Estremoz, Eivas, Beja, Grândola, Alcácer do Sal e Sines.

|Felisberto Reigado|

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