"NÃO ESTÁ AINDA NADA ESTUDADO"

OS NOSSOS EQUÍVOCOS ADMINISTRATIVOS

(...) Aquando de uma campanha eleitoral para o município de Lisboa, sobre as Freguesias da capital, todos os Candidatos defendiam uma "associação voluntária" de Freguesias, à excepção de Ant.º Costa, que relembrava a inoperância da comissão destinada a propor as necessárias alterações.

Nessa campanha, a ignorância de alguns candidatos ia ao ponto de comparar Lisboa com Madrid e Paris, "esquecendo-se" de que, nessas Cidades, as Câmaras Municipais, devido à existência dos respectivos órgãos regionais, TÊM COMPETÊNCIAS MUITO MAIS REDUZIDAS do que em Portugal!

O que TODOS têm receio de dizer é que NÃO ESTÁ AINDA NADA ESTUDADO, ao fim de três décadas (que incompetência política!!!), sobre o novo MODELO AUTÁRQUICO APÓS A REGIONALIZAÇÃO!

E é por isso que, sendo as Autarquias e as Distritais os maiores pilares dos actuais Partidos, NÃO HÁ MANEIRA DE ESTES DIGERIREM A REGIONALIZAÇÃO, a qual terá forçosamente consequências numas (perda de poder) e noutras (as Distritais tenderão a desaparecer com as Regiões).

Some-se a isto a urgente necessidade de EXTINGUIR OS CÍRCULOS ELEITORAIS DISTRITAIS E OS SUBSTITUÍR POR CÍRCULOS REGIONAIS e perceba-se também por que é que a reforma eleitoral não avança...

Só com a proliferação de fenómenos como os de Valentim Loureiro, Isaltino Morais, Carmona Rodrigues, Manuel Alegre e outros, cuja base eleitoral suplantou a dos Partidos de onde eram originários, é que as velhas e obsoletas estruturas partidárias começarão, lentamente, a perceber o erro em que incorreram ao ignorar as novas realidades.

Venha Ant.º Costa e venha a reestruturação (= redução drástica!) das Freguesias de Lisboa, como mais um pequeno (mas SÓLIDO) passo no sentido da REGIONALIZAÇÃO, no seu sentido GLOBAL (que, como se começa a perceber, envolve MUITÍSSIMO MAIS do que a mera criação das Regiões Administrativas...).

Por mim, já o declarei, sou pela EXTINÇÃO DAS FREGUESIAS NAS ÁREAS METROPOLITANAS DE LISBOA E PORTO, simultânea à criação das respectivas Regiões Administrativas Metropolitanas, e reformulação dos actuais Concelhos (mais e mais pequenos, com uma dimensão intermédia entre os actuais e as Freguesias).

Por exemplo, ao nível de uns cinco Municípios em Lisboa-Cidade, por exemplo, mais três em Sintra, dois em Oeiras e Loures, etc.

Quando é que os Partidos acordarão para estas realidades?

|Ant.º das Neves Castanho|
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Comentários

Al Cardoso disse…
Mas entao quando os maiores partidos estao a afinar o diapasao, para e reducao de concelhos,o meu amigo vem propor ainda mais?!
Quanto as freguesias eu sou a favor de uma reducao, por exemplo no meu municipio creio que se de 16, passassemos a ter 6 chegava muito bem!

Um abraco de amizade regionalista.
O aumento do número de concelhos seria responsável por um peso administrativo (custos) incompatível com os recursos nacionais.

A redução drástica do número de freguesias e, se possível, a fusão de concelhos deve acompanhar a necessária regionalização onde as 5 regiões evitam maiores desgastes de competição bairrista.