Movimentos Autárquicos Independentes pugnam pela regionalização

Movimentos Autárquicos Independentes criam Associação Nacional

O Movimento Autárquicos Independentes reuniram este fim-de-semana em Tomar e decidiram criar uma Associação Nacional. Em comunicado enviados às redacções a Comissão Instaladora informa que a decisão foi tomada por unanimidade, tendo também sido aprovados os Estatutos. A Comissão Instaladora conta com representantes de oito movimentos independentes.

Pedro Marques, pelo Movimento Independentes por Tomar; José Vitorino, pelo Movimento Cidadãos com Faro no Coração; Horácio Pina Prata, pelo Movimento de Cidadãos Pina Prata, Agora Sim, de Coimbra; Arlindo Carvalho Lopes, pelo Movimento Independente do Concelho de Rio Maior; Agostinho Neves da Silva, pelo Movimento Autárquico Renovação, de Mira; Pascale Lagneux, pelo Movimento de Cidadãos Azeitão no Coração, de Azeitão; Maria Teresa Milhanas Serrenho, pelo Movimento Viver o Concelho de Caldas da Rainha; e Manuel Malícia da Trindade, pelo Movimento Dedicação, Ambição e Responsabilidade, do Fundão, são os membros da Comissão Instaladora.

O objectivo da futura associação passa por “incentivar à democracia participativa de base, concorrendo aos órgãos do poder local; reivindicar igualdade dos direitos consagrados na Lei Eleitoral e do financiamento, face aos partidos e coligações; ser um agente de cooperação positivo e representativo com todos os Órgãos de Soberania e agentes, nomeadamente ANMP e ANAFRE; e pugnar pela regionalização”.

Agora a Comissão Instaladora vai enviar convites a todos os Movimentos Independentes com vista à sua adesão à futura associação que terá sede em Tomar, prevendo-se a abertura de delegações noutros pontos do país.
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Comentários

templario disse…
Este Movimento, nominado de independentes, não passa de tipos das Listas B vencidos pelas Listas A nos partidos.

O seu porta-voz, Sr. Pedro Marques, governou a CMTomar pelo PS durante dois mandatos consecutivos e foi recusado pelo PS para terceiro mandato, acusado por todos os partidos de ter utilizado a Câmara para servir os seus interesses, dizem que melhorou substancialmente o seu património. A lista de independentes que lidera em Tomar é constituída de militantes de todo o actual espetro partidário, que zarparam dos seus partidos,ressabiados... - vamos lá adivinhar porquê!...

A regionalização continua a atrair fervorosos adeptos deste quilate.

Este Movimento, a avaliar pelas suas reivindicações, pelos seus protagonistas, e tendo conhecido bem o maná do céu que foi para eles o sistema partidário que ajudaram a apodrecer, pretende desenvolver uma dinâmica toda parecida com a lógica partidária que temos actualmnte: estruturar uma organização em tudo semelhante à de um partido tradicional, para controlar e anular quaisquer veleidades daqueles independentes bem intencionados.

A regionalização continua a ser a alternativa de alguns que, por terem sido vencidos nos seus partidos ou marginalizados nas opções para mamar nas tetas, pretendem descobrir caminhos para lá chegar e substituir os que, lícita ou ilicitamente, os venceram.

Alguém lê aqui neste blogue sobre a Regionalização algum texto que denuncie a situação que vive o nosso sistema partidário? Não. Apenas o aproveitamento desse estado de ilicitude, dando voz aos que por lá andaram a destruí-lo, a amanharem-se à grande,a arruinar as finanças públicas, a endividarem as autarquias, divulgando-os agora como arautos da democracia de base, como os novos salvadores da honra da pátria. Como apaixonados pela regionalização...

É claro que este movimento tem agora na frente personagens de segundo escalão, mas é fácil perceber porquê: os barões deste movimento ficam agora na retaguarda e todos sabemos porquê - estão demasiado chamuscados por um nunca mais acabar de ilicitudes bem conhecidas. Não é necessário dizer os nomes. São bem conhecidos e aparecerão mais tarde.

Só não vê quem não quer ver.
Caro Templário,

Muito do que diz sobre a génese destes movimentos independentes e mesmo sobre o nosso sistema partidário é, inteiramente, verdade.

Ora, nós regionalistas o que pretendemos é, precisamente, limitar a acção dos partidos políticos e dos seus agentes que se apoderam de um poder central monstruoso para de uma forma não democrática distribuírem benesses pelos seus 'boys' e quejandos.

Só lugares de nomeação do poder central são mais de 4.000. Institutos Públicos contabilizam 356. Temos, ainda, dezenas de direcções gerais centrais e regionais. 95 Empresas Públicas e outros organismos que, por si só, representam mais outros 4.600 lugares de nomeação.

Face a estes dados surpreende-me como é que, nós portugueses, podemos continuar a pactuar com este estado de coisas e com este Estado hiper centralizado.

Cumprimentos,