SCUT - CCDR Norte pede simplificação do pagamento de portagens para cidadãos galegos

O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), Carlos Lage, pediu hoje ao Governo para simplificar o pagamento de portagens nas SCUT aos galegos, em nome das boas relações com a Galiza.

É necessário que o Governo atenda esta situação muito especial dos cidadãos galegos e procure simplificar o sistema, torná-lo mais fácil e mais acessível para eles”, frisou Carlos Lage, à margem de uma conferência de imprensa de apresentação de investimentos em infraestruturas científicas.

O presidente da CCDR-N admitiu mesmo que, “em última análise, se deve dar uma moratória” aos galegos, para que, “com calma”, eles vão “percebendo como proceder”.

Para Carlos Lage, o “tratamento adequado” aos galegos consegue-se com “mais informação do lado de lá, mais esclarecimento e processos mais fáceis de pagamento de portagens”.

Quanto à fórmula para atingir estes objetivos, o responsável deixa-a nas mãos “de quem tem tratado do assunto no plano técnico”.

O presidente da CCDR-N lembrou que os galegos que vêm a Portugal “trazem economia, não trazem só convivência”, pelo que tem de haver, nesta matéria, uma “especial delicadeza”.

Carlos Lage está, por isso, “preocupado” com “a irritação da Galiza”, já que as portagens nas SCUT, criam “muito mais embaraços aos cidadãos galegos” do que aos portugueses.

Não gostaríamos que estes sinais que podem ser considerados pouco corteses, porque nem sequer foram bem explicados, gerassem na opinião pública galega perplexidades e incomodidades nas relações com o Norte de Portugal”, frisou, lembrando que a CCDR “tem uma preocupação muito grande de garantir as boas relações com a Galiza”.

Os jornais espanhóis desta semana davam voz às críticas dos automobilistas, sobretudo galegos, ao “complicado” e “caro” sistema implantado no litoral norte português.

Carlos Lage alertou ainda o Governo para a necessidade de "articular" a futura ligação de alta velocidade entre Porto e Vigo, para que "daqui por uns anos, quando o projeto for retomado, o comboio não fique na fronteira".

O responsável quer "garantir que a ligação não fica comprometida no futuro, por não ter sido planeada a articulação", nomeadamente com a estação de Vigo, cujo projeto já foi apresentado.

"É preciso que o Governo português garanta que, quando se decidir avançar com a modernização da linha Porto/Vigo, haja articulação", frisou.

|LUSA|
.

Comentários