SCUTs, o Norte e os Galegos

|ANTONIO CERVEIRA PINTO|

A irracionalidade canina do sistema de portagens colocado em vias rápidas que não foram desenhadas, nem construídas, para serem autoestradas, eliminando com os seus traçados vias rodoviárias outrora existentes, poderá colocar Portugal numa rota de instabilidade e conflito interno sem precedentes desde a queda da primeira república às mãos de uma ditadura que nos salvou da ruína, mas nos atrofiou a alma e os neurónios.

É que, o Norte, sempre o Norte, que por acaso é responsável pela produção de boa parte do que exportamos e produzimos de materialmente útil, ao contrário do casino de burocratas, subsídio dependentes, exibicionistas de telemóvel, cães mediáticos e chulos partidários que apenas sabem taxar e consumir, não vai aguentar o vampirismo fiscal que o bando de gatunos e criminosos que mandam (...)

Os galegos têm absoluta razão quando questionam a legalidade dos métodos de implementação das portagens virtuais nas SCUT da Costa de Prata (rebaptizada A29), do Grande Porto (rebaptizada A41/A42) e Norte Litoral (rebaptizada A28).

De facto, tal como ocorre com todas as taxas que o Estado insere ilegitimamente nas facturas da água (para financiar as barragens criminosas da EDP, por exemplo), da electricidade (para financiar a luxuosa RTP — um escândalo sem nome!), ou dos combustíveis (para alimentar a pão de Ló os oligopólios da energia e da construção), a cobrança compulsiva de portagens, sem aceitação de pagamento na única moeda comum que circula na União, o euro, e impondo custos subsidiários com aquisições de dispositivos electrónicos, etc., é uma ilegalidade monstruosa.

Na realidade, este tipo de arbitrariedade equivale à imposição de meios de pagamento informais, sem cobertura legal, nem qualquer fiabilidade. Se o sistema de portagens virtuais se enganar, ou for, ainda que pontualmente, capturado por criminosos, cobrando o que não pode, quem supervisiona as operações e resolve os conflitos?
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Comentários

Al Cardoso disse…
Eu nao sou contrario ao sistema de cobragem automatica, pois a ser, teria que ser contra qualquer avanco electronico.
O que nao posso concordar e nao haver alternativa. Outra coisa que tambem nao faz sentido e ter que comprar-se o dispositivo, para depois ter que com ele pagar as portagens!
So pode sair das cabecas daqueles que nao vivem no pais real!
Ainda nos falta muito a todos, para estar no tal pais "avancado tecnologicamente" que os socialistas apregoam!

Um abraco regionalista do dalgodres.