Regionalizar para regenerar a Política

Sabendo, nós todos, que a Administração Central - concentrada, desconcentrada (CCRs, direcções regionais etc) e indirecta (Institutos) - está carregada de funcionários, de desmotivados, de espírito corporativo, de “jobs for the boys”, de “tachistas” e outros , que claramente comprometem objectivos, redundam em ineficácia, e prejudicam irreversivelmente os cidadãos.

Sabendo nós, que podíamos perfeitamente reduzir quase para metade o n.º de deputados na Assembleia da República sem daí advir grande mal para o País.

Sabendo nós também, o que se passa ao nível do Poder Local com as suas famigeradas Empresas Municipais , onde prolifera os problemas enunciados acima e ainda outros como a corrupção, o clientelismo e o tráfico de influências.

Não seria agora o tempo de regenerar a Administração?

Seria altamente vantajoso para o país e para o dia à dia dos cidadãos, a criação de um poder democrático intermédio (regional), novo, bem estruturado, bem regulamentado, nascido da regeneração da nossa Administração Pública.

Seria uma Administração Intermédia que iria reunir poderes transferidos quer da Administração Central quer da Local. Surgiria da extinção dos Governos Civis, das CCDRs, de muitas direcções Regionais e de Institutos Públicos. Iria funcionar com um corpo político profissional pequeno (menor que o nº de deputados a eliminar), iria recrutar o seu pessoal (maioritariamente técnico) obrigatoriamente aos quadros existentes na actual Administração e iria certamente promover uma Administração de proximidade e de adequação em áreas como as da Saúde, Educação, Actividades Económicas, Ordenamento, Ambiente, infra-estruturas etc., e desta forma entregar ás regiões a responsabilidade de promover o seu próprio desenvolvimento social. Obviamente tudo isto realizado numa base de solidariedade nacional..

Estou firmemente convicto, que este NOVO poder, pela sua qualidade, transparência e eficácia poderia funcionar como um factor para reaproximar os cidadãos da política e para lhes devolver a confiança nas instituições e na Administração. Se o seu paradigma for a excelência, pode ainda influenciar positivamente a restante administração.
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Comentários

Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Sem mais, com uma regeneração da política sem 'cunhados nem compadres ou comadres'.
Uma regeneração política sem recados na comunicação social nem trunfos na manga.
Uma regeneração política que disponibilize apenas 'trabalho' e nunca o 'emprego'.
Uma regeneração política que compense apenas os resultados do trabalho e nunca os do 'chibismo', no qual somos especialistas.
Uma regeneração política que respeite so recursos regionais e locais como fonte de riqueza, de crescimento económico e de senvolvimento social, cultural e ambiental.
Uma regeneração política que privilegia a competência e a exigência, tanto para remunerar como para o não fazer.
Uma regeneração política que se não confine ao espartilho dos partidos de poder alternante, o pior dos vícios políticos e de governação.
Enfim, uma verdadeira e definitiva regeneração política nos métodos, nos protagonistas e, sobretudo, nos objectivos; mais dirigida para benefício da sociedade do que de grupos ou seitas que por aí proliferam quase impunemente.

Sem mais nem menos.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)