O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, defendeu hoje no Algarve que seria “desadequado” implementar nesta altura uma experiência de regionalização em Portugal, o que podia "abalar a confiança" dos mercados externos.
Segundo Passos Coelho, a introdução do modelo de regionalização num momento em que o país se esforça para ordenar as contas poderia ser interpretado pelo exterior como uma falha na capacidade para “disciplinar a despesa pública”.
O líder do principal partido da oposição falava hoje de manhã num encontro com autarcas e representantes do turismo na Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), em Albufeira.
O debate em torno da regionalização surgiu na sequência de uma questão colocada ao líder do PSD por uma das pessoas na plateia, tendo Passos Coelho relembrado que esse processo só poderá avançar com uma revisão constitucional.
Passos Coelho afirmou ainda que, ao contrário do que a maioria das pessoas possam pensar, a criação de regiões administrativas “não traz mais classe política, mais despesa pública e mais do mal que as pessoas associam ao Estado”.
“A única maneira de quebrar este cepticismo é mostrar que o processo pode ser feito de outra maneira”, afirmou, sublinhando que a implementação do modelo em apenas uma região piloto poderia ajudar a fazer “a disseminação pelo País”.
Público online / Lusa, 23.12.2010
Comentários
Falar de regionalização numa altura em que o pais esta de tanga, só mesmo de loucos alienados da realidade.
Esqueçam a regionalização!
Não há dinehiro.
A Grécia que está numa situação financeira bastante pior que a nossa optou, sob a tutela da UE e do FMI, proceder a uma ampla reforma do seu sistema politico/administrativo, incluindo uma profunda descentralização e a criação de regiões administrativas por forma a emagrecer o Estado Central e desta forma reduzir a despesa pública.
Cumprimentos e um bom Natal,
A UE e o FMI devem ser "loucos alienados da realidade"... É que uma das primeiras coisas que apoiaram para tirar a Grécia do estado a que chegou, foi pedir-lhes que deixasse de ser o país mais centralista da Europa e fizesse a Regionalização.
Isto é um facto. E contra factos não há argumentos.
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,
As últimas afrimações vindas do principal dirigente do maior partido da Oposição, a respeito da regionalização, não deixam de ser confrangedoras. Confirmam, uma vez mais, que tudo serve para atrasar ou impedir a implementação da regionalização como o único e derradeiro instrumento de acesso ao desenvolvimento equilibrado e autosustentado. Por fim tais afirmações são reveladoras que não temos políticos estadistas, temos é dirigentes partidários como agentes declarados dos mercados, mercados estes que formam uma entidade que ninguém conhece nem onde se localiza cujos objectivos são mais a agiotagem que qualquer outra coisa.
Hoje em dia já não se faz política no genuíno sentido do termo, mas enfrentam-se os mercados; hoje em dia, já não é o Primeiro Ministro ou o Presidente da República que mandam no País, mas os mercados cujos dirigentes desconhecemos. Hoje em dia, já não é a Assembleia da República a legislar mas os agentes dos mercados. Qualquer dia, Deus deixará de existir para dar lugar aos Mercados. Passará a existir não o Dia de Natal, como elemento comemorativo do Nascimento de Jesus-profeta, humanista, fraterno e mártir por Causas Nobres, mas como dia de exaltação dos mercados agiotas como deus único e miserável. Qualquer dia já não haverá Política, apenas para se decidir frente a um computador na Sala de Mercados de um energúmeno qualquer.
Convenço-me que, assim, estamos no bom caminho, deixando a POLÍTICA ao sabor dos cifrões especulativos, os quais acabarão por submergir tudo o que ainda resta de nobre na política e noutras NOBRES ACTIVIDADES. O Mundo não acabará com uma guerra mas com a avareza e a velhaquice dos cifrões nada interessados no desenvolvimento equilibrado e autosustentado das Nações, nem nos instrumentos políticos que o poderiam suportar como a regionalização autonómica.
É muito lamentável termos cada vez mais capatazes em vez de POLÌTICOS.
Sem mais nem menos.
Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)