A ferrovia em Portugal tem sido tratada de uma maneira que só me merece o mais vivo repúdio.
Desde o facto de nada ser estudado, de percursos e horários serem efectuados a olhómetro, de o interior e a via estreita serem encarados como um fardo despesista, até não haver a mínima noção do que é serviço público e a prioridade ser "cidades, cidades, cidades"... A CP merece uma volta de 180º
A CP merece que seja criada uma empresa regional a norte, outra ao centro e outra ao sul para que a gestão dos caminhos de ferro em Portugal seja feita em função da população!
A gestão da ferrovia portuguesa já foi bem mais descentralizada do que é agora.
As linhas férreas eram construídas e exploradas por companhias fundadas e geridas pelas forças vivas das regiões servidas por essas vias.
Por exemplo, na Beira Litoral, a Companhia do Caminho de Ferro do Vale do Vouga, que geria a linha do Vouga (Espinho-Sernada-Viseu) e o Ramal de Aveiro (Aveiro-Sernada), ou em Entre-Douro e Minho, a Companhia do Caminho de Ferro do Porto à Póvoa e Famalicão, a Companhia do Caminho de Ferro de Guimarães, e, a nível nacional, o caso mais importante que era a Companhia dos Caminhos de Ferro da Beira Alta (Figueira da Foz-Vilar Formoso).
Tudo isto foi unido, sob uma gestão centralizada, aquando da criação da CP (durante o Estado Novo), sob o pretexto de uma melhor gestão e melhor serviço...
O que é certo é que, de lá até cá, pouca ferrovia foi construída, e, pelo contrário, a existente foi autenticamente pilhada.
Penso que a solução era, aquando da Regionalização, entregar a gestão dos serviços Regionais às Juntas Regionais, sob a tutela de uma Secretaria Regional de Transportes, que trataria também da gestão das estradas, poupando recursos, reduzindo custos e ganhando eficiência e proximidade às populações.
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A ferrovia em Portugal tem sido tratada de uma maneira que só me merece o mais vivo repúdio.
Desde o facto de nada ser estudado, de percursos e horários serem efectuados a olhómetro, de o interior e a via estreita serem encarados como um fardo despesista, até não haver a mínima noção do que é serviço público e a prioridade ser "cidades, cidades, cidades"... A CP merece uma volta de 180º
A gestão da ferrovia portuguesa já foi bem mais descentralizada do que é agora.
As linhas férreas eram construídas e exploradas por companhias fundadas e geridas pelas forças vivas das regiões servidas por essas vias.
Por exemplo, na Beira Litoral, a Companhia do Caminho de Ferro do Vale do Vouga, que geria a linha do Vouga (Espinho-Sernada-Viseu) e o Ramal de Aveiro (Aveiro-Sernada), ou em Entre-Douro e Minho, a Companhia do Caminho de Ferro do Porto à Póvoa e Famalicão, a Companhia do Caminho de Ferro de Guimarães, e, a nível nacional, o caso mais importante que era a Companhia dos Caminhos de Ferro da Beira Alta (Figueira da Foz-Vilar Formoso).
Tudo isto foi unido, sob uma gestão centralizada, aquando da criação da CP (durante o Estado Novo), sob o pretexto de uma melhor gestão e melhor serviço...
O que é certo é que, de lá até cá, pouca ferrovia foi construída, e, pelo contrário, a existente foi autenticamente pilhada.
Penso que a solução era, aquando da Regionalização, entregar a gestão dos serviços Regionais às Juntas Regionais, sob a tutela de uma Secretaria Regional de Transportes, que trataria também da gestão das estradas, poupando recursos, reduzindo custos e ganhando eficiência e proximidade às populações.
Cumprimentos,