Centralismo é razão do fracasso e depressão económica do país

O ex-candidato presidencial e defensor da regionalização Defensor Moura atribui ao “excessivo centralismo” da Administração Pública o “fracasso” e a “depressão económica” cíclica que Portugal vive desde o 25 de abril, marcado por “picos de pseudodesenvolvimento”.

“Este atraso [no país] é principalmente provocado pelo excessivo centralismo da nossa Administração Pública”, defendeu o deputado socialista, sublinhando que Portugal é um país “centralizadíssimo” e quase “pessoalizado”.

Defensor Moura falava no jantar palestra “Pela Democracia Regional”, organizado pelo Movimento Cívico “Regiões, Sim!”, cujo principal rosto é o deputado do PSD Mendes Bota e onde estiveram presentes cerca de 60 pessoas.

Segundo o médico, que já foi presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, os regionalistas têm sido “muito pacíficos” na luta pela causa, pelo que defende que haja uma “maior reivindicação”.

“O centralismo está a agravar-se e se continuamos calados qualquer dia somos um número”, afirmou, recordando que os países europeus desenvolvidos estão divididos em regiões administrativas, processo que a Grécia também iniciou recentemente.

Para o deputado socialista, o poder central é a “fonte de todos os males do regime democrático” e o pior, acrescentou Defensor Moura, é que o “centralismo maléfico é cada vez maior”.

“Quando o governo faz transferência de competências relativamente às escolas para os municípios não está a transferir poder mas sim trabalho”, exemplificou, lamentando que as potencialidades das regiões “estejam a ser desperdiçadas”.

Defensor Moura foi em 1998 um dos mandatários do movimento cívico “Portugal Plural”, que se bateu na campanha do referendo pela criação das regiões administrativas em Portugal.

Nas eleições para a Presidência da República o socialista, que se candidatou como independente, elegeu a regionalização como um dos objetivo prioritários do seu compromisso eleitoral.

O ciclo de jantares palestra promovido pelo movimento “Regiões, Sim!” será interrompido até à realização de eleições legislativas.

|DiáriOnline|

Comentários