O melhor azeite do mundo é de Trás-os-Montes

Produtos únicos em regiões únicas podem oferecer experiências inesquecíveis

Doce, frutado, amargo, intenso, com sabor a ervas aromáticas, verde, acastanhado. É um misto de sabores e sensações que traduz a essência da região, uma terra agreste e de paisagens muito diversas. Características que fazem do Azeite transmontano um produto único em todo o mundo e de qualidade reconhecida.

A obtenção de inúmeros prémios nacionais e internacionais que lhe tem vindo a conferir credito e prestigio, sobretudo nos mercados estrangeiros é a melhor prova de sucesso do Azeite que tem Denominação de Origem Protegida (DOP).

A sua produção é restrita a uma área geográfica da região e sujeita a cultivos específicos sendo que apenas os associados da ASSOCIAÇÃO DE OLIVICULTORES DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO (AOTAD) podem pedir a certificação da sua produção. Esta associação é a chefe desta fileira numa região com cerca de 37 mil olivicultores, proprietários de 80 mil hectares de olival que produzem uma média de 90 milhões de quilos de azeitona.

O sector está cada vez mais profissionalizado e actualmente, o sector do azeite é já o segundo com maior peso económico na região, seguido do Vinho. Trinta e cinco por cento do azeite produzido em Portugal é proveniente de TRÁS-OS-MONTES e gera o valor de 30 milhões de euros por ano.

O clima específico da região e a variedade das oliveiras conferem ao azeite um elevado grau de qualidade, simbolizado em inúmeras marcas DOP e exportado para os países mais longínquos como Canadá, Japão e Estados Unidos.

Além do esforço e trabalho dos olivicultores, grande parte do reconhecimento deste “néctar” é também devido ao apoio da AOTAD que tem apostado em iniciativas de divulgação. Uma dessas iniciativas foi a criação do primeiro Centro Tecnológico do Azeite no País que agrupa sete organizações académicas e a autarquia de Mirandela. O objectivo é modernizar e divulgar o azeite transmontano. Outro elemento chave neste trabalho é a do painel de provadores de Azeite de TRÁS-OS-MONTES, peça essencial para garantir e identificar os lotes de qualidade superior para serem comercializados no mercado.

O produto beneficia ainda do privilégio de poder contar com uma Rota do Azeite, significativamente abrangente e reconhecida, com o Projecto TERRA ÓLEA, inovador e internacional e com um elevado número de feiras e festivais apenas dedicadas à divulgação do produto. É que a valorização é extremamente importante para a promoção e afirmação do Azeite como património cultural e como potencial turístico.

Nesta estratégia, o objectivo é fazer uma clara ligação do produto à gastronomia e ao território de forma a exponenciar todas as potencialidades de um produto tão rico. A AOTAD tem vindo a apostar em criação de itinerários gastronómicos no concelho de Mirandela, visitas a lagares, degustações, provas didácticas e até o apadrinhamento de oliveiras. Na cidade do Tua, está previsto abrir também em breve, o Museu do Azeite. A filosofia é que produtos únicos em regiões únicas podem oferecer experiências inesquecíveis.


Prémios e marcas de qualidade internacional:

Nos últimos anos o azeite de TRÁS-OS-MONTES tem sido um dos mais premiados a nível nacional. Ainda recentemente arrecadou mais três prémios, em três diferentes continentes, com diferentes tipos de embaladores. Foi o caso do Azeite de PORCA DE MURÇA que arrecadou uma medalha de prata na categoria de “um dos melhores azeites do mundo”, com o Lote 50, da Cooperativa Agrícola dos Olivicultores de Murça. O prémio foi conquistado no concurso internacional de azeites “Los Angeles International Olive Oil Competition 2010”, onde estiveram presentes 477 azeites de 318 produtores de todo o mundo.

Também o Azeite João das Barbas, produzido e comercializado por Constança Doutel de Andrade venceu um prémio internacional ao classificar-se no segundo lugar da Categoria Virgem Extra DOP do “Primo Campionato del Mondo Olio Extravergine di Oliva – Expo Shangai 2010”.

Além disso, nove marcas de azeite da região fazem parte no Guia Flos Olei 2011, são eles: Maria Constança Doutel de Andrade; Quinta do Crasto; Clemente Meneres, João Pinheiro Paulo; Tetribérica – Agricultura Biológica; Quinta Vale do Conde; Cooperativa de Olivicultores de Valpaços; Hernâni Verdelho; Produção e Comercialização de Vinhos e Azeites Viaz.

Benefícios para a saúde e beleza:

O azeite é presença obrigatória na gastronomia mediterrânica. Quanto mais puro o azeite, melhor será o resultado ao paladar. O Azeite dá sabor, aroma e cor, integra os alimentos, personaliza e identifica um prato. Contudo, as suas virtudes não se esgotam apenas na utilização gastronómica.

Vários estudos científicos têm vindo a comprovar benefícios do consumo do azeite para a saúde. Por possuir altas concentrações de vitamina E tem uma poderosa acção antioxidante que inibe os efeitos dos radicais livres no organismo, prevenindo também doenças como arteriosclerose e o envelhecimento precoce. O azeite previne também doenças cardíacas, combate o colesterol e a hipertensão arterial.

Também no campo da beleza, o azeite tem inúmeros benefícios e, são cada vez mais os tratamentos feitos à sua base. Já os Gregos o usavam em massagens nos ginásios, para manter a flexibilidade muscular. Também os romanos preparavam unções, consideradas bálsamos da juventude. Não é de estranhar por isso que o azeite de oliveira seja utilizado com maior frequência em tratamentos de rejuvenescimento e hidratação da pele.

Em Mirandela, há quatro anos que foi implementado em todos os gabinetes de estética a “Oleoterapia”, sessões de massagens corporais, muito procuradas pelos habitantes devido às suas componentes hidratantes e relaxantes.

Neste tipo de massagens é utilizada uma mistura de azeite com óleo de amêndoas doces e aroma de jasmim para lhe conferir uma fragrância mais agradável. Mas não se pense que apenas as mulheres aderem a este tipo de tratamentos. Os cuidados com a pele em particular e com todo o corpo em geral começam já a fazer parte da rotina dos homens.

Tipos de azeite:

Apesar de abundarem no mercado azeite biológico, reservas especiais, edições gourmet ou com sabores vários existem quatro principais tipos de azeite: Azeite Virgem Extra: acidez inferior ou igual a 0.8%; Azeite Virgem: acidez inferior ou igual a 2%; Azeite: acidez inferior ou igual a 1%, contém azeite refinado e azeite virgem; Azeite refinado: acidez inferior ou igual a 0.5%.


|Welcome Nordeste|
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Comentários

Anónimo disse…
Amigos... não se esqueçam da energia que é o primeiro, só a barragem do baixo sabor em carga máxima vai produzir 58 Milhões de euros por ano.

Outras Barragens:
Miranda do douro
Picote
Bemposta
Pocinho
Tua
.... etc etc.
É pena que o dinheiro vá parar a lisboa e nada contribui para a região, que sendo pobre ainda é explorada.
Anónimo disse…
Caros Regionalistas,
Caros Centralistas,
Caros Municipalistas,

Dentro da regionalização autonómica, como experiências inesquecíveis de desenvolvimento autosustentado e equilibrado e de contribuição para idêntico desenvolvimento a nível nacional. Ambos para o reforço da nossa independência económica, política e colectiva.

Sem mais nem.

Anónimo pró-7RA. (sempre com ponto final)
JJ disse…
A barragem do baixo Sabor vai produzir 58 M€ por ano!? Espero que a Comissão Europeia abra os olhos e que veja o que os políticos (parasitas do povo, do Nosso País) estão a fazer e parem a obra ainda a tempo. Se um dia a barragem produzir alguns € certamente não será para os Trasmontamos,solvo alguns parasitas.
Neste momento ainda temos Terra boa que produz produtos de qualidade, quando a mesma for destruída em troca de uns prometidos trocos quero ver o que vamos fazer?!! E como exemplo já temos as barragens do Douro internacional. Milhões de €, sim, sim, Duarte Lima, Armando Vara, um tal de Raposo... estes são de Trás-os-Montes mas certamente não fazem parte dos que vivem de trabalhar a terra...
Sara disse…
coisas naturais como este são sempre bons para o corpo, porque eles têm muita proteína e vitaminas assim nos melhores restaurantes usam este tipo de comida, então eu sempre comer a la caballeriza