Portagens: 'momento desastroso' entre Norte e Galiza

Portagens: Autarca socialista responsabiliza Paulo Campos por 'momento desastroso' entre Norte e a Galiza

O presidente da Câmara de Viana do Castelo escreveu ao secretário de Estado das Obras Públicas acusando-o de “insensibilidade”, tendo em conta as dificuldades sentidas pelos utilizadores galegos com a introdução de portagens nas antigas SCUT.

No ofício enviado esta tarde, via fax e correio eletrónico, a Paulo Campos, o também socialista - e presidente da concelhia do PS em Viana do Castelo -, lembra as dificuldades que estão a ser sentidas pelos galegos na utilização da A28 (Viana-Porto).

O envio deste ofício a Paulo Campos surge um dia depois da publicação, em Diário da República, da portaria que define um novo método de cobrança de portagens para viaturas de matrícula estrangeira.

Trata-se de um título pré-pago, no valor de 20 euros, e que durante três dias permite circular livremente pelas antigas SCUT. Será disponibilizado nas lojas físicas e on-line dos correios portugueses.

Nos últimos dias o autarca voltou a ser confrontado com as queixas de empresários e políticos galegos sobre as dificuldades sentidas desde Outubro.

José Maria Costa lembra que os municípios do Alto Minho “têm uma relação cultural, comercial e turística muito intensa com a Galiza”.

Para o autarca, o fim das SCUT veio “dificultar” este relacionamento, que “demorou vários anos a conseguir”.

Isto tendo em conta o alargamento da cobrança, como previsto, ao troço norte da A28 (Viana - Caminha) e à A27 (Viana - Ponte de Lima).

O que está a acontecer neste momento é desastroso para as nossas economias, pois o atual sistema de portagens eletrónicas não é acessível, não é prático, não tem informação na Galiza, não é racional e está a desviar de forma preocupante o investimento galego, a atividade comercial e turística”, afirma José Maria Costa, na carta enviada ao secretário de Estado Paulo Campos, entretanto divulgada.

Reclama ainda ser “urgente alterar o sistema de pagamento de portagens, com a introdução de portagens físicas, mais informação na Galiza, mais postos de venda de dispositivos”.

|Lusa|
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