A Regionalização é uma reforma administrativa estruturante e irreversível. Não se compadece, por isso, com medidas conjunturais e atabalhoadas.
[…] (Há) os mais pragmáticos, que preferem ter menos mal "já", do que tudo e bem, mas a prazo incerto. Compreendo, mas discordo.
A fusão de Municípios nunca poderia ser a solução para a Regionalização porque:
1º) Não resolve a problemática regional;
2º) Prejudica a problemática local!
A fusão de Municípios no território continental pode até ser uma questão a equacionar, talvez mesmo nalguns casos com premência, mas é apenas e só um problema do Poder Local (tal como, aliás, a necessária redefinição do papel das Juntas de Freguesia...). Mas não se pode substituir, de forma alguma, à "instituição em concreto" das Regiões Administrativas.
[…] nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto (mas, por enquanto, só aí) talvez comece a ser mais importante a existência do poder regional, do que a dos próprios poderes municipais (que adquirem a sua máxima relevância e justificação nos meios predominantemente rurais)!
Daí que uma hipotética fusão de todos os Municípios integrantes dessas duas Regiões pudesse trazer à Administração Pública, apesar dos prejuízos eventualmente causados às questões de cariz mais local, um balanço global positivo!
Mas sabe que, ironia das ironias, quem mais se oporia a uma tal medida desesperada, como protesto derradeiro contra o adiamento da Regionalização, seriam não o Governo Central (aposto), mas os próprios Concelhos em questão! Que obviamente ao extinguirem-se perderiam os seus poderzinhos paroquiais, com que se auto-comprazem actualmente, em desprezo pelos interesses superiores das suas aglomerações metropolitanas! E por isso é que nunca se conseguirá implementar a Regionalização à custa de "associações (fusões) de municípios"...
|A.Neves Castanho|
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[…] (Há) os mais pragmáticos, que preferem ter menos mal "já", do que tudo e bem, mas a prazo incerto. Compreendo, mas discordo.
A fusão de Municípios nunca poderia ser a solução para a Regionalização porque:
1º) Não resolve a problemática regional;
2º) Prejudica a problemática local!
A fusão de Municípios no território continental pode até ser uma questão a equacionar, talvez mesmo nalguns casos com premência, mas é apenas e só um problema do Poder Local (tal como, aliás, a necessária redefinição do papel das Juntas de Freguesia...). Mas não se pode substituir, de forma alguma, à "instituição em concreto" das Regiões Administrativas.
[…] nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto (mas, por enquanto, só aí) talvez comece a ser mais importante a existência do poder regional, do que a dos próprios poderes municipais (que adquirem a sua máxima relevância e justificação nos meios predominantemente rurais)!
Daí que uma hipotética fusão de todos os Municípios integrantes dessas duas Regiões pudesse trazer à Administração Pública, apesar dos prejuízos eventualmente causados às questões de cariz mais local, um balanço global positivo!
Mas sabe que, ironia das ironias, quem mais se oporia a uma tal medida desesperada, como protesto derradeiro contra o adiamento da Regionalização, seriam não o Governo Central (aposto), mas os próprios Concelhos em questão! Que obviamente ao extinguirem-se perderiam os seus poderzinhos paroquiais, com que se auto-comprazem actualmente, em desprezo pelos interesses superiores das suas aglomerações metropolitanas! E por isso é que nunca se conseguirá implementar a Regionalização à custa de "associações (fusões) de municípios"...
|A.Neves Castanho|
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Comentários
Tomamos a liberdade de publicar no blog (com o respectivo link) esta interessante análise sobre as cidades do Porto e Lisboa e respectivas Áreas Metropolitanas.
Cumprimentos,
Completamente de acordo!
Miguel Rocha (Anónimo de 02 de Julho)