Pela Subsistência da Beira Interior
Empresários da região debatem com partidos políticas do futuro Governo
Considerando que a clivagem litoral-interior “tenderá para um agravamento”, os empresários da região, juntos na plataforma ESI “Empresários pela Subsistência do Interior”, que surgiu para combater a introdução das portagens nas Scut’s A23, A24 e A25, estão agora a colocar em cima da mesa dos políticos um dossiê reivindicativo de medidas concretas que possibilitem o desenvolvimento do Interior do país, bem como apelando a medidas para fixação das pessoas.
O empresário Luís Veiga, sublinha que é imperativa a “eliminação de custos de contexto” que afetam as empresas da região, com um pacote de medidas concretas que viabilizem o tecido empresarial existente e potenciem o crescimento. Luís Veiga, defende o “empenhamento dos deputados” que vão ser eleitos pela região, que engloba os círculos da Guarda e Castelo Branco, pedindo para que estes se juntem “num grupo de trabalho, que inclua os deputados eleitos e os não eleitos” procurando soluções e a defesa dos interesses destas terras.
Para Lúis Veiga, será importante também a existência de um “lobbie regional transparente” que trabalhe em favor da Beira Interior.
Ainda quanto às medidas, mais de teor fiscal, que os empresários pedem a um futuro governo, Luís Veiga diz que “não são para onerar o país”, garantindo que as propostas que fazem podem ser concretizadas “com uma componente externa, através de fundos comunitários”.
Os empresários da região lembram que as zonas de forte consumo “estão a 200 e 300 quilómetros” o que é um custo acrescido para as empresas que trabalham na Beira Interior.
Outras das questões levantadas pelos empresários têm que ver com as diferenças de taxação em portagens de viaturas classe 1 e 2, que importam a um custo superior com as frotas.
Correção dos custos de contexto
Na lista de propostas defendidas pelos empresários da região, em defesa pela Beira Interior, está a manutenção das Scut’s “por inexistência de alternativas”, articulação da ferrovia com a Plataforma Logística da Guarda (um projeto que existe mas que foi adiado no tempo), criação de um fundo especial para a fixação de atividades económicas e uma linha de crédito especial para a instalação de PME’s (Pequenas e Médias Empresas), isenção de IRC nos primeiros cinco anos de atividade e de contribuições para a Segurança Social durante três a cinco anos, com a criação de novos postos de trabalho, em contratos sem termo.
A plataforma Empresários pela Subsistência do Interior pede ainda medidas de mobilização de jovens do litoral para o Interior, num trabalho a ser desenvolvido em parceria com as autarquias.
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