Faltam planeamento e liderança no Douro

Vinho: Em dez anos, a capacidade instalada na região passou de 35 mil de hectares para 46 mil.

"Houve uma grave falha no planeamento do desenvolvimento do sector desde há 15 anos a esta parte". Paul Symington gere uma empresa que é um caso óbvio de sucesso, mas não tem os olhos fechados para os problemas da região onde os seus activos estão implantados.

Para aquele responsável, os agentes envolvidos no Douro - Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), Instituto do Vinho do Douro e Porto (IVDP), Casa do Douro e Ministério da Agricultura - "nunca se juntaram para discutirem o Douro". E enquanto esta falta de diálogo ecoava no côncavo dos montes, o Douro ia crescendo sem que ninguém lhe deitasse uma vista de olhos: "Em dez anos, a capacidade instalada na região passou de 35 mil de hectares para 46 mil". O que quer dizer que a produção de vinho subiu exponencialmente, colocando novos problemas aos produtores.

"Há uma clara falta de liderança", ao mesmo tempo que "o poder público prefere não se meter" numa região que lhe tem dado problemas que cheguem.

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