Um dos maiores cerejais de Portugal, com 40 mil árvores ao longo de 50 hectares, vai ser plantado este ano na Covilhã, disse o empresário Paulo Ribeiro.
O cerejal vai seguir as regras de produção intensiva para gerar 500 toneladas de fruto a partir de 2015 – cerca de 10 por cento de toda a produção da Cova da Beira, um dos principais “berços” de cereja do país.
O investimento de cerca de 1,3 milhões de euros da Unitom, empresa de negociação de tomate e outros produtos agrícolas, inclui instalações para tratamento, armazenamento em frio e embalamento de cereja.
Atualmente, os terrenos da Quinta das Rasas, na freguesia do Ferro, estão a ser terraplanados. Não há socalcos nem haverá árvores dispersas, porque o objetivo é “baixar drasticamente o custo da colheita”, principal custo de produção, explicou o empresário.
No lugar de morros e penedos “vão surgir corredores, alguns com mais de um quilómetro de extensão, com cerejeiras plantadas a cada 2,5 metros, com rega gota a gota” e onde cada trabalhador conseguirá apanhar mais cereja que nos pomares tradicionais, disse Paulo Ribeiro.
Nos três meses de colheita da cereja, entre maio e julho, os terrenos deverão contar com 80 pessoas a tempo inteiro, só para apanhar cereja.
O empresário estima produzir “dez toneladas por cada hectare”, enquanto num cerejal tradicional aquele valor “ronda as duas a três toneladas por hectare”, frisou.
A diferença “é grande” e, segundo Paulo Ribeiro, é notória também no resto dos custos de produção graças à dimensão do projeto.
O problema atual “é que a propriedade é relativamente pequena” e os produtores “não conseguem ter escala” para preços competitivos e, noutros casos, nem conseguem ter quantidades para satisfazer os pedidos.
“Chegamos a ter cereja turca mais cara que a nossa na Escandinávia, porque quando os importadores pedem 300 toneladas de cereja a Portugal, ninguém as tem para vender”, disse.
Paulo Ribeiro conhece este tipo de situações por experiência própria como sócio da Unitom, empresa multinacional de negociação de tomate e outros produtos agrícolas, com sede no Fundão e que faturou 32 milhões de euros em 2011.
Segundo o empresário, “há muitos pedidos de cereja” e falta de resposta, pelo que a empresa decidiu apostar na produção do fruto “e não depender de ninguém”.
Ao mesmo tempo, o empresário faz com que a empresa crie raízes na região onde reside, evitando que o um dia “voe” para outras paragens.
O objetivo passa por “gerar riqueza na região”, sublinhando que o investimento em cerejal não se deverá ficar pelo projeto em curso: “queremos adquirir outros 50 hectares a Sul da Cova da Beira para duplicar este investimento em dois ou três anos”, disse.
Para já, o projeto do cerejal da Quinta das Rasas inclui-se no plano de investimentos com capitais próprios da Unitom e vai receber 500 mil euros de comparticipação do Proder – Programa de Desenvolvimento Rural.
@Lusa
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O cerejal vai seguir as regras de produção intensiva para gerar 500 toneladas de fruto a partir de 2015 – cerca de 10 por cento de toda a produção da Cova da Beira, um dos principais “berços” de cereja do país.
O investimento de cerca de 1,3 milhões de euros da Unitom, empresa de negociação de tomate e outros produtos agrícolas, inclui instalações para tratamento, armazenamento em frio e embalamento de cereja.
Atualmente, os terrenos da Quinta das Rasas, na freguesia do Ferro, estão a ser terraplanados. Não há socalcos nem haverá árvores dispersas, porque o objetivo é “baixar drasticamente o custo da colheita”, principal custo de produção, explicou o empresário.
No lugar de morros e penedos “vão surgir corredores, alguns com mais de um quilómetro de extensão, com cerejeiras plantadas a cada 2,5 metros, com rega gota a gota” e onde cada trabalhador conseguirá apanhar mais cereja que nos pomares tradicionais, disse Paulo Ribeiro.
Nos três meses de colheita da cereja, entre maio e julho, os terrenos deverão contar com 80 pessoas a tempo inteiro, só para apanhar cereja.
O empresário estima produzir “dez toneladas por cada hectare”, enquanto num cerejal tradicional aquele valor “ronda as duas a três toneladas por hectare”, frisou.
A diferença “é grande” e, segundo Paulo Ribeiro, é notória também no resto dos custos de produção graças à dimensão do projeto.
O problema atual “é que a propriedade é relativamente pequena” e os produtores “não conseguem ter escala” para preços competitivos e, noutros casos, nem conseguem ter quantidades para satisfazer os pedidos.
“Chegamos a ter cereja turca mais cara que a nossa na Escandinávia, porque quando os importadores pedem 300 toneladas de cereja a Portugal, ninguém as tem para vender”, disse.
Paulo Ribeiro conhece este tipo de situações por experiência própria como sócio da Unitom, empresa multinacional de negociação de tomate e outros produtos agrícolas, com sede no Fundão e que faturou 32 milhões de euros em 2011.
Segundo o empresário, “há muitos pedidos de cereja” e falta de resposta, pelo que a empresa decidiu apostar na produção do fruto “e não depender de ninguém”.
Ao mesmo tempo, o empresário faz com que a empresa crie raízes na região onde reside, evitando que o um dia “voe” para outras paragens.
O objetivo passa por “gerar riqueza na região”, sublinhando que o investimento em cerejal não se deverá ficar pelo projeto em curso: “queremos adquirir outros 50 hectares a Sul da Cova da Beira para duplicar este investimento em dois ou três anos”, disse.
Para já, o projeto do cerejal da Quinta das Rasas inclui-se no plano de investimentos com capitais próprios da Unitom e vai receber 500 mil euros de comparticipação do Proder – Programa de Desenvolvimento Rural.
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