A reforma administrativa é inadiável. O PS e o PSD estão a perder a primeira oportunidade de desenhar um mapa administrativo coerente e sustentável. A competição eleitoral entre ambos faz afastar o primeiro e causa pânico ao segundo. Nenhum quer perder votos.
Era nesta altura que Portugal precisava de um PR com sentido de Estado, cultura cívica e espírito patriótico, que merecesse o respeito dos partidos para os obrigar a um acordo que sacrificasse o número de autarquias de escasso interesse nacional em vez de desviar verbas do ensino e da saúde.
O alfobre de caciques vai continuar em 308 concelhos, alguns a escassos quilómetros do próximo, e, apenas, a eliminação das pequenas freguesias, das 4260 que existem, vão justificar o acordo com a Troika. Os presidentes das juntas de freguesia, órgãos executivos, fazem parte por inerência das assembleias municipais, órgãos de fiscalização. Esta contradição ajuda a justificar as senhas de presença em reuniões faraónicas.
Desde que os membros das mesas eleitorais passaram a ser remunerados, foi-se perdendo o sentido republicano da participação cívica desinteressada e patriótica. Por mais que custe aos adversários da Regionalização, quiçá traumatizados com a deriva desvairada do sátrapa madeirense, era a altura certa para criar as cinco regiões administrativas continentais e resolvermos de uma vez os problemas autogestionários de municípios entregues a caciques.
por Carlos Esperança no PONTE EUROPA
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Era nesta altura que Portugal precisava de um PR com sentido de Estado, cultura cívica e espírito patriótico, que merecesse o respeito dos partidos para os obrigar a um acordo que sacrificasse o número de autarquias de escasso interesse nacional em vez de desviar verbas do ensino e da saúde.
O alfobre de caciques vai continuar em 308 concelhos, alguns a escassos quilómetros do próximo, e, apenas, a eliminação das pequenas freguesias, das 4260 que existem, vão justificar o acordo com a Troika. Os presidentes das juntas de freguesia, órgãos executivos, fazem parte por inerência das assembleias municipais, órgãos de fiscalização. Esta contradição ajuda a justificar as senhas de presença em reuniões faraónicas.
Desde que os membros das mesas eleitorais passaram a ser remunerados, foi-se perdendo o sentido republicano da participação cívica desinteressada e patriótica. Por mais que custe aos adversários da Regionalização, quiçá traumatizados com a deriva desvairada do sátrapa madeirense, era a altura certa para criar as cinco regiões administrativas continentais e resolvermos de uma vez os problemas autogestionários de municípios entregues a caciques.
por Carlos Esperança no PONTE EUROPA
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Comentários
Claro que esta dita 'reforma' administrativa' não passa de uma esperteza do ministro Relvas para dizer que se cumpriu mais um ponto do famigerado acordo com a troika.
Falar, pomposamente, de reforma administrativa quando apenas se mexe nas freguesias, que são setor menos relevante (financeiramente) de toda a administração pública, é fazer de todos nós parvos.
Cumprimentos,
Estava para escrever qualquer coisa semelhante. Subscrevo inteiramente o seu comentário.
Considerei importante este seu 'post' porque o Carlos toca aqui em dois pontos que eu considero essenciais neste processo da chamada 'reorganização do poder local':
1 - O afastamento voluntário do PS
2 - O silêncio, nesta matéria, do 'desvalorizado' PR .
Cumprimentos,