Atuais líderes e candidatos às distritais do PS defenderam hoje a criação de uma “Federação do Norte”, uma entidade coordenadora da ação política das várias federações e que estabeleça as grandes linhas de ação política para a região.
Num
encontro promovido pela candidatura de José Luís Carneiro à liderança da
distrital do PS/Porto e que juntou também o atual presidente do PS/Bragança -
que não se recandidata ao cargo - Mota Andrade, e os candidatos únicos às
estruturas socialistas de Viana do Castelo e de Braga, José Manuel Carpinteira
e Fernando Moniz, respetivamente, foram feitas críticas à atuação do Governo,
sobretudo na questão do desemprego e na extinção de serviços de proximidade.
José Manuel Carpinteira, candidato único ao PS/Viana do Castelo, foi o primeiro a defender a criação, na região Norte, de “uma federação das federações da região”.
“Temos formalmente as cinco - Braga, Porto, Viana do Castelo, Bragança e Vila Real - mas podíamos de facto ter uma federação que unisse as cinco porque os assuntos são muito semelhantes. No futuro teremos condições para criar uma federação do Norte até por questões da regionalização”, declarou.
Questionado
sobre esta ideia, José Luís Carneiro recordou que, enquanto estava no
Secretariado Nacional e juntamente com Fernando Moniz, defendeu “que se devia
instituir uma entidade coordenadora da ação política das várias federações do
Porto, que reunisse de três em três meses e que estabelecesse as grandes linhas
de ação política para a região Norte”.
“Se
avançássemos sem mais delongas no processo de regionalização este era um passo
imediato a seguir. (?) Ligando Braga, com Porto, com Viana do Castelo, com
Bragança e com Vila Real, o Porto tem a ganhar, não perde com isso, e ganha
toda a região também”, afirmou o candidato único à distrital do PS/Braga.
Já Mota Andrade, atual líder do PS/Bragança mas que não se recandidata ao cargo, condenou a forma “lamentável” como o Governo de Passos Coelho “tem olhado para esta região”.
“Quando a direita chega ao poder, é de tradição que o interior passa a viver de novo um pesadelo e é esse pesadelo que está a acontecer”, enfatizou, criticando o encerramento de serviços, a “machadada” na Saúde e a extinção de freguesias.
José Luís Carneiro deixou uma mensagem clara sobre a regionalização: “somos todos defensores da regionalização. A metodologia que devemos seguir para conseguirmos alcançar esse objetivo, do qual não devemos desistir - não há impossíveis para a arte da política - é não abdicarmos de lutar e de procurar colocar este tema no centro das nossas prioridades políticas”.
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