O
presidente da ACP, Rui Moreira, declarou que o Porto se deve procurar afirmar
por não querer ser capital, em vez de se levar pelo discurso da nova
capitalidade, o pior para a cidade, na sua opinião.
Para
o dirigente da Associação Comercial do Porto (ACP), Rui Moreira, dizer que uma
fusão entre Porto e Gaia podia criar a maior cidade do país em número de
habitantes "não dá qualidade de vida a ninguém" e cria em torno da
cidade o "estigma" de "querer ser uma nova capital".
"Este
discurso de uma nova capitalidade é o pior discurso para a cidade do Porto. O
Porto deve-se afirmar pela 'anti-capitalidade' e não é contra Lisboa, é por não
querer ser capital. O que deve querer ser é ser uma das melhores cidades da
Europa das que não são capitais", afirmou Rui Moreira à
Para
o presidente da ACP, há uma necessidade de reorganizar a Junta Metropolitana do
Porto, de reformar as suas competências e a forma de eleição do seu líder, que
deveria ser por sufrágio direto, uma ideia já antes exposta.
Rui
Moreira, que na terça-feira foi reeleito para novo mandato na presidência da
ACP, acredita que a regionalização seria novamente chumbada em referendo se
fosse votada hoje e considera que já é tarde para uma fusão entre Porto e Gaia,
algo que seria bem-vindo há sete anos.
A
coordenação entre cidades é tanto mais importante, explicou o presidente da
ACP, quando se veem "permanentemente autarcas de outras cidades que
sugerem a construção de pontes com a cidade do Porto. O que é isto senão a
necessidade de uma integração?"
"De
outra maneira, parece-me que estamos novamente a invocar que o Porto há de ser
capital, há de ser o maior do mundo e isso pode ser interessante sob o ponto de
vista de uma bandeira, mas depois acaba por nos matar", disse Rui Moreira,
para quem sempre que há uma "querela entre Porto e Gaia ou entre Porto e
Matosinhos" é perdido terreno para Lisboa.
@DN
Comentários
é mesmo ridicula esta ideia!
A ideia da maior cidade é ridicula, só mesmo vindo do Menezes
Complexos de inferioridade.
Pelo peso do centralismo radical vigente, Lisboa e os lisboetas podem, sem dúvida, estar a borrifar-se para o que se passa no resto do país. Mas já o resto do país, infelizmente, não pode alhear-se do que se passa em Lisboa.
Cumprimentos