O presidente da Câmara de Bragança rejeita a proposta de desclassificação da Linha do Tua, apresentada pela REFER.
O
presidente da Câmara de Bragança rejeita a proposta de desclassificação da
Linha do Tua, apresentada pela REFER, entidade gestora da infraestrutura
ferroviária, cujo processo indicado como urgente, “não tem fundamento capaz nem
está sustentada numa política de coesão e de ordenamento para o território, em
especial no que diz respeito à prestação de um serviço de transporte público às
populações”.
Para
Jorge Nunes os fundamentados apresentados correspondem a um somatório de
episódios “que levaram deliberadamente ao encerramento da Linha do Tua e que se
conjugava com uma política centralista mais vasta de abandono do território,
praticada nas últimas décadas, que tem arrastado o Interior e, em particular, o
Nordeste Transmontano para uma situação de despovoamento acentuado e de
empobrecimento e, por consequência, de eliminação ou redução de, entre outros
serviços de interesse geral, o do serviço de transportes às populações
encontrando-se hoje muitas aldeias sem qualquer transporte público (ferroviário
e/ou rodoviário)”.
O
autarca defende ainda que a desclassificação da Linha do Tua “não deve ser
equacionada enquanto não for estudado e implementado um sistema de transporte
público rodoviário integrado e adequado a zonas de baixa densidade, a atribuir
através da concessão pública, no sentido de garantir mobilidade mínima a muitos
cidadãos que residem em aldeias e vilas hoje não servidas ou deficientemente
servidas por qualquer transporte público”.
Além
disso fez ainda saber que enquanto não for definida uma estratégia territorial
relativa ao futuro de ligação da Linha do Douro a Salamanca e ligação do Douro
a Puebla de Sanabria, onde atualmente está em construção uma linha TGV –
Madrid/Corunha, deve ser mantida a classificação da Linha do Tua.
@MB
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