Câmara e UTAD desenvolvem projeto de valorização das Fisgas de Ermelo
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Câmara de Mondim de Basto e a Universidade de Vila Real estão a desenvolver um
projeto de valorização, melhoria das acessibilidades e sinalização das Fisgas
de Ermelo, quedas de água que atraem cada vez mais visitantes.
As
Fisgas de Ermelo são das maiores quedas de água da Península Ibérica e o cartão
de visita do Parque Natural do Alvão (PNA) e do concelho de Mondim de Basto.
Quer
seja por causa da visibilidade dada pela candidatura às "7 Maravilhas
Naturais de Portugal", ou por causa da crise, que faz com que as pessoas
procurem os locais mais próximos, são cada vez mais as pessoas que sobem ao
Alvão para observaram a cascata ou banharem-se nas suas lagoas.
Ao
longo do seu percurso sinuoso pela serra, o rio Olo foi escavando a rocha e
criou pequenas lagoas de água límpida e fresca, como as Piocas de Cima, que
antecedem a cascata, a qual depois cai quase 200 metros num desnível cavado nas
rochas.
De
ano para ano, aumenta o número de banhistas que procura esta praia fluvial para
tomar banho.
Por
isso mesmo, segundo o presidente da Câmara de Mondim de Basto, Humberto
Cerqueira, o município está a trabalhar num projeto de valorização desta área,
conjuntamente com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
A
componente material do projeto visa uma intervenção nas duas casas florestais
próximas das fisgas, para a instalação de um centro de interpretação e
alojamento destinado a investigadores ligados, por exemplo, às áreas da
geologia, da fauna ou flora.
"Esta
área pode ser valorizada do ponto de vista científico. É um nicho de mercado
que também queremos atrair para as Fisgas de Ermelo", sublinhou.
Será
feita também uma intervenção a nível das acessibilidades, construindo um parque
de estacionamento, onde os visitantes terão que deixar o veículo, prosseguindo
depois a pé até ao miradouro, onde será instalada uma plataforma de observação,
de forma a criar melhores condições de segurança no espaço.
"A
ideia é melhorar as acessibilidades, mas dificultando. As pessoas devem ter
condições para aceder a pé, dificultando o acesso a veículos automóveis",
salientou.
Será
ainda melhorada a sinalização de trilhos e percursos.
"Objetivo
é valorizar e promover esta área das fisgas, criar melhores condições para
atrair mais pessoas", frisou.
Por
causa das restrições orçamentais do município, Humberto Cerqueira salientou que
este projeto vai ser incluído no Plano de Desenvolvimento Regional, que será
incrementado no âmbito das contrapartidas decorrentes da construção da Barragem
de Fridão, em Amarante.
@Lusa
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