Trás-os-Montes: Autarcas dizem não à extinção de freguesias

A reforma autárquica ainda não começou a ser votada nas Assembleias Municipais, mas já há seis autarquias do distrito de Bragança que dizem não à extinção de freguesias, e três delas são do PSD. É o caso de Mogadouro, Mirandela e Vimioso.

O presidente da câmara de Mogadouro, Moraes Machado, diz que “não pactua com a aglomeração das freguesias”. “Se nos vêm juntar freguesias então fica o concelho mais debilitado do que aquilo que já está”, conclui.

Já António Branco, autarca de Mirandela, diz que “esta forma peca por não ser uma reforma”. “É essencialmente administrativa e perde-se aqui uma oportunidade de fazer uma verdadeira reforma da administração local”.

Para o autarca de Vimioso, Jorge Fidalgo, “os presidentes de junta são muitas vezes um dos elos das populações”, por isso também não concorda com a extinção de freguesias. Também os autarcas de Miranda do Douro, Freixo de Espada-à-Cinta e Alfândega da Fé, eleitos pelo PS, estão contra a lei que quer a junção de freguesias.

Artur Nunes diz que “deviam manter-se as freguesias, principalmente as do interior”. “Deve permanecer sempre um presidente de junta nas juntas de freguesia”, explica. Por sua vez, José Santos, presidente da Câmara Municipal de Freixo de Espada-à-Cinta, diz que “esta lei não é justa”. “Eu não sou a favor e o meu concelho também não”, conclui.

Berta Nunes, autarca de Alfândega da Fé, diz mesmo que “agregar várias freguesias vai prejudicar as populações, porque vai colocar as juntas de freguesia mais distantes das pessoas”.

@DT
.

Comentários