NASA crê que a vida pode ter começado no Alentejo

Os cientistas da NASA e do CEPGIST conseguiram relacionar as características hidrogeológicas de Cabeço de Vide com as de algumas rochas de Marte
Pode ter sido algures no Alentejo que começou a vida na Terra. Embora possa parecer insólita, esta é uma suspeita da NASA que, em conjunto com investigadores portugueses, está a analisar o ambiente geológico e termal de Cabeço de Vide que tem características idênticas ao de uma região dos EUA e de Marte.

Contactado pelo Boas Notícias, José Manuel Marques (na foto) -
coordenador do Centro de Petrologia e Geoquímica do Instituto Superior Técnico CEPGIST), que estuda há vários anos as águas de Cabeço de Vide - explicou que os dados recolhidos nos últimos anos permitem estabelecer uma relação entre as rochas de Cabeço de Vide, as de uma zona termal norte-americana e sedimentos dos solos marcianos. 

Até ao momento, os cientistas já confirmaram a presença de dezenas de meteoritos oriundos de Marte no nosso planeta - o último terá caído em Marrocos, em Junho de 2011 - que têm sido exaustivamente analisados.

A informação recolhida destes meteoritos foi relacionada com  dados obtidos pelas sondas que estiveram no Planeta Vermelho e que serão agora completados com o trabalho do robô Curiosity - que se encontra neste momento a realizar uma missão de dois anos em Marte.

Graças a estes estudos, os cientistas sabem que “algumas rochas marcianas têm elementos e características hidrogeológicas idênticas às rochas e às águas de Cabeço de Vide e às de The Cedars, uma zona termal nos EUA”, salienta José Marques.

As rochas de Cabeço de Vide conferem às águas locais uma composição particular e o seu cheiro característico. Devido àquelas rochas, estas águas têm um pH de 11.5, sendo consideradas únicas a nível Europeu e somente comparáveis às que correm numa montanha norte-americana e às dos indícios da água detetados em Marte pelos cientistas.
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