A blogosfera portuguesa produz discursos
inflamados sobre a regionalização. Embora defenda a regionalização como um
processo de aprofundamento das práticas saudáveis da democracia e da cidadania
e do desenvolvimento económico e cultural das regiões, quando leio estas reações
metabolicamente reduzidas, sou confrontado com o lado mau da humanidade: aquele
lado que corrompe os ideais forjados pela nossa cultura superior para nos
libertar das trevas e da menoridade (Kant).
(...)
O Norte já está dividido, sempre esteve dividido, e, para dizer a verdade, existem mais afinidades entre Lisboa e o Porto do que entre o Porto e Braga, ou Vila Real ou Guimarães. Basta pensar nas ilustres figuras do Porto que têm participado ativamente na governação de Portugal, nos seus intelectuais nobres ou nos seus empresários.
O Porto é profundamente liberal e este traço marca a diferença: o resto do Norte é conservador e retrógrado. Por isso, os seus distritos afundam e sempre afundaram o Norte, condenando-o a fazer parte de uma estatística miserável, atrás da Madeira do tio Alberto, politicamente da mesma cor.
Querer que a capital do Norte fosse qualquer outra cidade que não o Porto seria a catástrofe e, nesse caso, mais vale o centralismo político renovado que o regionalismo mesquinho liderado por criaturas gordas, ladras, corruptas e profundamente incompetentes, numa palavra, analfabetas em todos os sentidos do termo.
Certas reações...., levam-nos a meditar a essência da democracia e a escutar a voz daqueles intelectuais que, como Hannah Arendt, aconselham muita moderação, propondo um conceito mais restritivo, portanto, mais elitista, de democracia.
De facto, nem todos os habitantes de um país democrático são verdadeiramente cidadãos, até porque carecem de competências para participar racional e responsavelmente nos debates da esfera pública. De certo modo, a III Tese sobre Feuerbach de Marx colocava a questão: «A doutrina materialista referente à mudança das circunstâncias e da educação esquece que as circunstâncias são mudadas pelos homens e que o educador também tem de ser educado».
De facto, numa sociedade que dispensou o pensamento crítico, como a nossa, torna-se necessário educar efetivamente os portugueses para o exercício pleno da cidadania. Caso contrário, não vale a pena alterar o modelo administrativo ou propor referendos.
(...)
O Norte já está dividido, sempre esteve dividido, e, para dizer a verdade, existem mais afinidades entre Lisboa e o Porto do que entre o Porto e Braga, ou Vila Real ou Guimarães. Basta pensar nas ilustres figuras do Porto que têm participado ativamente na governação de Portugal, nos seus intelectuais nobres ou nos seus empresários.
O Porto é profundamente liberal e este traço marca a diferença: o resto do Norte é conservador e retrógrado. Por isso, os seus distritos afundam e sempre afundaram o Norte, condenando-o a fazer parte de uma estatística miserável, atrás da Madeira do tio Alberto, politicamente da mesma cor.
Querer que a capital do Norte fosse qualquer outra cidade que não o Porto seria a catástrofe e, nesse caso, mais vale o centralismo político renovado que o regionalismo mesquinho liderado por criaturas gordas, ladras, corruptas e profundamente incompetentes, numa palavra, analfabetas em todos os sentidos do termo.
Certas reações...., levam-nos a meditar a essência da democracia e a escutar a voz daqueles intelectuais que, como Hannah Arendt, aconselham muita moderação, propondo um conceito mais restritivo, portanto, mais elitista, de democracia.
De facto, nem todos os habitantes de um país democrático são verdadeiramente cidadãos, até porque carecem de competências para participar racional e responsavelmente nos debates da esfera pública. De certo modo, a III Tese sobre Feuerbach de Marx colocava a questão: «A doutrina materialista referente à mudança das circunstâncias e da educação esquece que as circunstâncias são mudadas pelos homens e que o educador também tem de ser educado».
De facto, numa sociedade que dispensou o pensamento crítico, como a nossa, torna-se necessário educar efetivamente os portugueses para o exercício pleno da cidadania. Caso contrário, não vale a pena alterar o modelo administrativo ou propor referendos.
Comentários
Eu acrescentaria que o Porto já se aproveita da miséria do "resto do norte" para descer nas estatísticas e chorar e mamar.
Este senhor é contra a regionalização.´É um centralista tripeiro armado em filosofo e que para além do Porto pouco mais conhece do seu país.
É incrivel como é que alguem recorre à filosofia para reclamar taxos.
Fim ao centralismo portuense e lisboeta JÁ.
FORAM ESSAS FIGURINHAS QUE NOS LEVARAM ONDE HOJE ESTAMOS.