O diretor-geral do Porto Canal em declarações ao "Global
News" falou do seu projeto para o canal portuense e voltou a defender a
regionalização.
GN –
Portugal é
um país pequeno mas, à semelhança do que se passa noutros países, fazem falta
mais televisões regionais?
JM – Não fazem falta mais televisões regionais,
faz falta a regionalização.
Costumamos dizer que somos um país pequeno para regionalizar e dividir,
mas depois parece que somos muito grandes para chegar a todos. Não é um país
tão grande assim para que tudo esteja concentrado em Lisboa e não seja
distribuído pelo resto.
Portanto, eu acho o que o mais importante é a regionalização. E a
regionalização faz-se com boas instituições. Não só a nível camarário e
económico-financeiro, mas a nível da televisão, do jornalismo, dos jornais e da
rádio locais que vão ser a única forma que as regiões têm de se mostrarem ao
país.
Hoje há um dado curioso que é o seguinte: quando se faz uma
televisão como o Porto Canal, que é feita no Porto, diz-se que é uma televisão
local. As televisões que temos são feitas em Lisboa, com gente de Lisboa. Os
convidados são sempre os mesmos, fazem todos parte da mesma esfera e estão lá
todos. Aí já se diz que é uma televisão nacional.
Quando é fora de Lisboa, já é uma televisão regional. Lisboa vai
ter as televisões que serão cada vez mais regionais, à medida que nas regiões
crescerem outros órgãos de comunicação social que vão querer que as suas
terras, aldeias, vilas, o café, a rua apareçam na televisão. É isso que eu acho
que vai acontecer num futuro próximo e eu espero que o Porto Canal seja um bom
exemplo para todos.
(...)
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