O Governo pretende canalizar os
200 milhões de euros de fundos comunitários afectos ao Túnel para a concessão
da A4 Vila Real – Bragança, caso o processo se arraste nos tribunais.
“O Governo está empenhado na
questão do Marão. Precisa que o Tribunal reconheça o abandono da concessão da
parte das empresas construtoras, para poder intervir nas obras. Foi-nos
referido que se esse processo não ocorrer em tempo oportuno, os 200 milhões de
euros de fundos comunitários que estão afectos ao Túnel serão transferidos para
a Auto-Estrada Transmontana, o que corresponderá a um esforço financeiro menor
da parte do Governo no pagamento à concessionária”, garante o autarca.
Quem não aceita esta paragem nas
obras, que já se arrasta há 18 meses, é o deputado socialista, Mota Andrade,
que acusa o Governo de estar a adiar uma obra que é fundamental para toda a
região Norte.
“Em termos de tráfego para
Espanha, para a Europa, é uma obra fundamental, porque dificilmente a gente do
litoral irá para a Europa pela Auto-Estrada Transmontana se esse túnel não
existir, porque o Marão é uma barreira natural”, justifica o deputado.
Paragem preocupa
O deputado do PS lembra que está
em causa um investimento de milhões de euros.
“Nada justifica já se terem
investido 300 milhões de euros e a obra estar parada. Trata-se de uma obra
extremamente complexa, que precisa de monitorização e de acompanhamento
constante. A par disso há um estaleiro e há um conjunto enorme de equipamentos
caríssimos cuja imobilização vai custar milhões e milhões ao Estado, ou seja
vai custar milhões e milhões a todos nós”, denuncia Mota Andrade.
O recomeço das obras no Túnel do
Marão depende agora de uma decisão judicial.
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Por: Teresa Batista
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