RTP muda programa "Praça da Alegria" para Lisboa
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A administração da RTP confirmou
hoje que vai passar a produzir em Lisboa o programa televisivo matinal
"Praça da Alegria" e adiantou que, "em breve", será
anunciado "um grande projeto de produção" a concretizar no Porto.
Num comunicado hoje divulgado, a
subcomissão de trabalhadores da RTP Porto questionou a administração sobre a
eventual transferência da produção do programa "Praça da Alegria"
para Lisboa e criticou que os possíveis cortes se façam a começar pelas
"periferias".
Contactada pela agência Lusa,
fonte oficial da televisão pública afirmou também que o centro de produção do
Porto "manterá a importância da sua vertente informativa" e sublinhou
que o projeto Academia vai manter-se nos estúdios do Monte da Virgem "e
vai ser reforçado".
A RTP enquadra as alterações
introduzidas "no âmbito do ajustamento dos vários centros de
produção", com o objetivo de conseguir "uma melhor rentabilização de
meios de produção e de gestão de equipas, tanto no Porto como em Lisboa".
No comunicado de hoje, a
subcomissão de trabalhadores da RTP Porto questiona a transferência para a
capital do "único programa de grande audiência da televisão portuguesa que
dá verdadeira voz às forças vivas do Norte e das regiões do país", tanto
mais que "rentabilizava ao limite os recursos humanos disponíveis".
Também os deputados socialistas
eleitos pelo Porto criticaram hoje a deslocalização da produção do programa
para Lisboa e pediram, com caráter de urgência, uma audiência ao presidente do
conselho de administração da RTP.
Antes, na quinta-feira, o
presidente da Câmara de Gaia e candidato à Câmara do Porto, Luís Filipe
Menezes, ameaçou "levantar a sua voz com violência" para salvaguardar
a importância dos estúdios nortenhos da RTP.
O autarca, citado por diversos órgãos de
comunicação social, considerava que a "gota de água" seria a
concretização da possibilidade do programa "Praça da Alegria" passar
a ser emitido a partir dos estúdios em Lisboa.
DN
Comentários
Que venha a privatização, que se acabe a taxa audiovisual e essas guerras acabam logo.
Os portugueses agradecem.