Vive num dos concelhos com melhor qualidade de vida?
Sem surpresa, os concelhos do interior estão no fundo
da lista do estudo desenvolvido pela Universidade da Beira Interior.
Lisboa, Porto e Albufeira lideram o indicador
concelhio de desenvolvimento económico e social. O estudo, desenvolvido pela
Universidade da Beira Interior, reforça a ideia de que o país não anda todo à
mesma velocidade.
Os 30 municípios que ocupam os últimos lugares estão
essencialmente em áreas rurais e a maioria pertence ao Norte do país,
seguindo-se a região Centro. São concelhos envelhecidos, onde o principal
sector de atividade é a economia social, como disse à Renascença o coordenador
do estudo José Pires Manso.
Neste grupo de municípios com pior qualidade de vida
estão Celorico de Basto, Baião, Miranda do Corvo e Castelo de Paiva.
No grupo dos primeiros 30 classificados, o Algarve é
a região que coloca mais municípios, numa lista liderada pela capital. “Os
municípios mais desenvolvidos são os mais jovens e onde há mais emprego,
designadamente Lisboa, Porto, Oeiras e Albufeira”, elencou.
Para José Pires Manso o país anda a três velocidades:
“Uma para os municípios do litoral, entre Setúbal e Braga, com mais alguns
concelhos do Algarve; e uma outra, mais lenta, para o Interior; a hipótese de
uma terceira velocidade é sobretudo para os concelhos mais urbanos associados a
cidades de média dimensão com desenvolvimentos intermédios”.
O indicador concelhio de desenvolvimento económico e
social já vai na terceira edição.
Lista dos 30 primeiros classificados e pontuação no
índice:
1.º Lisboa: 128,635;
2.º Porto: 90,726;
3.º Albufeira: 84,482;
4.º Funchal: 62,224;
5.º Coimbra: 60,844;
6.º Marvão: 60,583;
7.º Constância: 59,961;
8.º Cascais: 59,544;
9.º Loulé: 58,838;
10.º Oeiras: 57,967;
11.º Vimioso: 56,409;
12.º Vila do Bispo: 56,231;
13.º Portimão: 56,153;
14.º Lagos: 55,586;
15.º Sines: 54,255;
16.º Alter do Chão: 54,217;
17.º Barrancos: 53,024;
18.º Santa Cruz das Flores: 52,515;
19.º Tavira: 52,404;
20.º Faro: 51,834;
21.º Aljezur: 51,833;
22.º Castro Marim: 51,368;
23.º Vila Real de Santo António: 51,205;
24.º Castro Verde: 50,114;
25.º Lagoa: 50,063;
26.º São João da Madeira: 50,056;
27.º Castelo de Vide: 49,149;
28.º Pedrógão Grande: 49,014;
29.º Góis: 48,960;
30.º Ponta Delgada: 48,355.
Lista dos últimos 30 classificados e pontuação no
índice:
279.º Vila Pouca de Aguiar: 23,629;
280.º Gondomar: 23,522;
281.º Amarante: 23,438;
282.º Carrazeda de Ansiães: 23,383;
283.º Ribeira Brava: 23,374;
284.º Amares: 23,236;
285.º Valpaços: 23,181;
286.º Castro Daire: 22,940;
287.º Póvoa de Lanhoso: 22,893;
288.º Santa Marta de Penaguião: 22,672;
289.º Ribeira Grande: 22,594;
290.º Soure: 22,479; 291.º Moita: 22,473;
292.º Trofa: 22,461;
293.º Cinfães: 22,134;
294.º Paredes: 22,078;
295.º Vila Verde: 21,774;
296.º Marco de Canaveses: 21,691;
297.º Vizela: 21,678;
298.º Penalva do Castelo: 21,413;
299.º Ponte da Barca: 21,342;
300.º Lousada: 20,423;
301.º Vila Franca do Campo: 20,383;
302.º Sátão: 20,091;
303.º Castelo de Paiva: 19,985;
304.º Miranda do Corvo: 19,624;
305.º Baião: 19,580;
306.º Celorico de Basto: 18,344;
307.º Nordeste: 17,447;
308.º Câmara de Lobos: 14,500.
Comentários
Não faz parte do top 30 da qualidade de vida, mas, em contrapartida, é o município campeão nacional dos desempregados e é o vice-campeão em dívida pública.
Com o modelo politico/administrativo vigente, os índices de desenvolvimento continuarão a degradar-se para os municípios fora de Lisboa e do litoral.
Cabe às pessoas afetadas inverterem esta situação.
Cps.
Vi um dos mais pequenos (Barrancos) nos trinta primeiros e tambem tristemente, vi Satao e Penalva do Castelo nos ultimos, coisa que me nao agradou!
No entanto como dizia o Einstein:
"tudo e relativo!
Um abraco regionalista e um optimo 2013.