Acabou o tabu. Rui Moreira vai
apresentar candidatura independente à Câmara do Porto, sem "enjeitar
apoios de partidos" ou de "manifestos".
Em entrevista à Rádio Renascença,
Rui Moreira valoriza o manifesto, apresentado há dias, de apoio à sua
candidatura. "Sinto-me confortável porque há um conjunto de pessoas, que
respeito muito, que tomam posição por um lado sugerindo algumas das medidas de
que já falei, mas também dando o seu contributo cívico e sugerindo outras
questões, que é fundamental na construção de uma candidatura".
Entre os subscritores do manifesto
aparecem históricos do PSD, como Valente de Oliveira, Arlindo Cunha ou Miguel
Veiga, mas também Artur Santos Silva, o ex-deputado do CDS-PP António Lobo
Xavier e o ex-ministro Daniel Bessa.
O programa da candidatura, refere
Rui Moreira à Renascença, "já está mais ou menos pensado". A
preocupação de momento do empresário e presidente da Associação Industrial do
Porto é "montar" a "máquina" que lhe "permita estar na
rua, nas redes sociais, responder às perguntas dos cidadãos".
Questionado sobre as propostas do
candidato do PSD - Luís Filipe Menezes - para o Porto, Rui Moreira considera-as
fora do tempo. "Eram possíveis antes de 2007". O Porto "tem uma
excelente base de partida", sublinha. E teme que "algum caudilhismo leve
o que tudo aquilo que ganhamos seja rapidamente delapidado".
A sua candidatura "não é
contra os partidos", esclarece. A democracia representativa, defende,
"tem de ser salva pelos partidos, senão entramos na democracia direta e é
terrível, ou então entramos no caciquismo". Candidatura independente que,
no entanto, não "enjeita apoios de partidos, de manifestos". Mas
deixa claro: "O programa será feito por mim."
@DN
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