O patriarca eleito de Lisboa,
Manuel Clemente, homenageado ontem, quarta-feira, enquanto bispo do Porto, disse
levar esta cidade para a capital porque “Portugal precisa de ser um grande
Porto”, garantindo que o diálogo com o poder político “vai continuar”.
A homenagem a Manuel Clemente,
organizada pela Santa Casa da Misericórdia do Porto, decorreu no Palácio da
Bolsa, tendo o patriarca eleito de Lisboa considerado “admirável” a capacidade
de “resistir” e “avançar” da região onde durante 6 anos liderou a diocese.
“Eu levo para Lisboa o Porto. E
levo para Lisboa o Porto porque Portugal precisa de ser um grande Porto e em
todos os sentidos da palavra”, afirmou, perante uma ovação da plateia.
No final, em declarações aos
jornalistas, Manuel Clemente disse que a primeira coisa que fará nas novas
funções será o mesmo que fez à chegada como bispo do Porto: “conhecer as
instituições da cidade. Todas elas”.
Questionado sobre a maior
proximidade que terá ao poder político, Manuel Clemente respondeu que será
“como no Porto”, onde quer o atual Governo quer o anterior já estabeleciam com
ele um diálogo “de vez em quando”.
“Esse diálogo vai continuar, com
certeza, porque se não se lembrarem, lembro-me eu”, alertou.
No discurso, o patriarca eleito de
Lisboa declarou que “o melhor de Portugal são realmente os portugueses e dentro
desses portugueses, em primeiro lugar, ‘ex aequo’ , estão os portuenses”.
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